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Instituto Chico Mendes participa de missão de prospecção no Golfo de Benim, África
A missão também envolveu a interação com comunidades locais e a visita a centros de conservação pela ONG Nature Tropicale - Foto: Claudio Bellini Centro TAMAR ICMBio
Entre 15 e 24 de junho, o Instituto Chico Mendes, representado pelo Centro TAMAR e pelo CMA, esteve em Benim para uma missão de prospecção para negociar um projeto de conservação marinha. A missão, promovida pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC) no contexto da Cooperação Sul-Sul Brasil-Benim, teve como objetivo principal desenvolver estratégias para a proteção de tartarugas marinhas e outros animais marinhos na região do Golfo do Benim. As atividades foram concentradas nas cidades de Cotonou, Grand-Popo e Vale de Ouémé.
Durante a missão, a equipe brasileira, composta por especialistas do ICMBio, Fundação Projeto Tamar e Instituto Baleia Jubarte, realizou visitas a campo para avaliar possíveis locais para a instalação de um Centro de Educação Ambiental. O analista ambiental Claudio Bellini, que participou da missão, explicou que a Agência Brasileira de Cooperação trabalha na elaboração de projetos com base em notas conceituais, visando apoiar países parceiros por meio da troca de expertise e recursos. No caso do Benim, o projeto inclui a capacitação de técnicos locais e a implementação de estratégias de conservação marinha.
A missão também envolveu a interação com comunidades locais e a visita a centros de conservação pela ONG Nature Tropicale, que adota um modelo semelhante aos centros de visitação do Projeto TAMAR. A analista ambiental Ingrid Oberg destacou que o Benim está em um estágio comparável ao Brasil de há 35 a 40 anos em termos de conservação e educação ambiental. A equipe brasileira mapeou locais turísticos, avaliou políticas ambientais e analisou a infraestrutura existente, com o intuito de fortalecer a cooperação entre os dois países.
Os representantes do Benim incluíram François-Corneille Kedowide, diretor-geral da Agência Beninense para o Meio Ambiente (ABE), e Josea S. Dossou Bodjrenou, presidente da ONG Nature Tropicale. A colaboração entre Brasil e Benim tem o potencial de gerar benefícios mútuos, com o Brasil oferecendo sua experiência em monitoramento e conservação e o Benim contribuindo com sua rica biodiversidade e iniciativas locais.
Segundo a analista ambiental do CMA Ingrid Oberg, o ICMBio pode colaborar com sua experiência em monitoramento, conservação e ações com as comunidades. "Assim como o TAMAR, o CMA tem um trabalho histórico com comunidades em Itamaracá-PE, Porto de Pedras e região amazônica, locais onde vivem os peixes-boi e cetáceos. Nós somos capazes de ajudá-los a desenvolver esses projetos", celebra Ingrid.
Conheça um pouco sobre Benim
A República do Benim, conhecido como Daomé, é um país da região ocidental da África limitado a norte pelo Burquina Fasso e pelo Níger, a leste pela Nigéria, a sul pela Enseada do Benim e a oeste pelo Togo. A capital constitucional é a cidade de Porto Novo, mas Cotonu é a sede do governo e a maior cidade do país. O país tem 112 622 km² e uma população de 10 milhões de habitantes. A língua oficial do Benim é o francês, sendo que os dialetos fom, bariba, iorubá e dendi também são falados.
A principal atividade econômica desenvolvida no país é a agricultura de subsistência, destacando-se o cultivo de milho, feijão, arroz, amendoim, caju, abacaxi e mandioca. O país é exportador de algodão e produtos têxteis. O norte do território beninense é a região mais pobre. No Sul, a pesca e a agricultura sustentam a economia.
Benim é integrante de várias organizações internacionais, como as Nações Unidas, a Organização para a Cooperação Islâmica, Organização Internacional da Francofonia e Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul, sendo membro, também, de organizações regionais como a União Africana, Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental, Comunidade dos Estados do Sahel-Saara, Organização Africana de Produtores de Petróleo e a Autoridade da Bacia do Níger.
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