Instituto Chico Mendes mobiliza ação emergencial para atender os atingidos por cheia no Amapá

No dia 26 de abril de 2024, o ICMBio mobilizou uma ação emergencial junto à Defesa Civil e Secretarias do estado do Amapá para verificar a situação e prestar assistência às famílias ribeirinhas que vivem no interior e entorno da Floresta Nacional do Amapá, atingidas pelas cheias. 

A ação foi motivada por vídeos e relatos recebidos em 24 de abril, que mostravam residências situadas às margens do rio invadidas pela água. Alguns moradores tiveram que abandonar suas casas devido aos riscos à segurança. A base operacional do ICMBio, da Floresta Nacional do Amapá, também foi alagada, com cerca de 40 centímetros de água acima do nível do assoalho da edificação. 

Além da perda de bens, os moradores sofrem com a falta de alimentos, pois tiveram suas roças inundadas e enfrentam dificuldades para pescar. Há também maior risco de disseminação de doenças. 

O Instituto Chico Mendes atuou na organização da logística da ação, disponibilizando embarcações e combustível e viabilizando a chegada das equipes em locais remotos, onde o acesso é apenas fluvial, a uma distância de até 70 quilômetros da sede do município Porto Grande/AP. A Associação Sementes do Araguari também apoiou a ação. 

Nesta ação emergencial, foi possível atender cerca de 15 famílias, que foram contempladas com a doação de cestas básicas, água mineral e proteínas, pelo Governo do Estado e pelo ICMBio. 

Segundo informações do dia 30 de abril de 2024, a água começou a baixar. Entretanto, a situação ainda é de calamidade pública e os danos tendem a perdurar. É necessária a reparação dos danos decorrentes das perdas de casas e pertences que os ribeirinhos sofreram. 

A articulação e o acompanhamento desta situação em conjunto com a Defesa Civil e o Governo do Amapá, das Prefeituras dos municípios de Porto Grande e de Ferreira Gomes, são imprescindíveis para a pronta e devida assistência aos atingidos pela enchente pelos órgãos responsáveis. Além disso, são necessários estudos sobre as causas desta cheia, para que seja possível prevenir e remediar os impactos, buscando formas de prever tais eventos e investigando se há relação com atividades antrópicas. 

Foto: Laís Ohara e equipe Flona do Amapá

Foto: Laís Ohara e equipe Flona do Amapá

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Com informações da Flona do Amapá

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