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Inovação e capacitação: gestão mais eficiente
Para fechar série sobre 10 anos do ICMBio, matéria destaca qualificação profissional dos servidores, que, entre outras coisas, rende prêmios ao Instituto
Brasília (01/09/2017) – Em dez anos, três prêmios. Os concursos de inovação no setor público, promovidos pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e conquistados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), nesses seus poucos anos de existência, são um atestado da preocupação da autarquia com o constante aperfeiçoamento de seu corpo de servidores.
Já em 2008, apenas um ano após a sua fundação, o ICMBio foi premiado no 12º Concurso de Inovação no Setor Público pela implantação do Sistema de Autorização e Informação para a Biodiversidade, o Sisbio. Cinco anos depois, em 2013, o Instituto venceu a 17ª edição do prêmio com o Almoxarifado Virtual. Este ano, na 21ª edição, a premiação foi para o Sistema de Análise e Monitoramento de Gestão, o Sange.
O Sisbio agilizou o processo de autorização de pesquisas relacionadas à biodiversidade, ao possibilitar aos pesquisadores a liberação on line de estudos e coleta de material biológico, sobretudo de espécies ameaçadas, em unidades de conservação federais ou cavernas em todo o território nacional.
Atualmente, o Sisbio apresenta números estratosféricos. São mais 40 mil pesquisadores cadastrados, mais de 21 mil autorizações concedidas, sendo cerca de 10 mil em unidades de conservação federais, mais de 1.300 com espécies ameaçadas de extinção e quase 15 mil relatórios de pesquisas.
Esses relatórios possibilitaram sistematizar cerca de 380 mil registros de ocorrência de táxons (unidades de classificação de espécies) dentro e fora de, ordenar os registros de ocorrência por grupo taxonômico e relacionar publicações originadas das pesquisas realizadas, entre outras informações importantes para subsidiar a gestão das UCs e o manejo das espécies.
Há dois anos, o Sisbio entrou em uma nova etapa. Evoluiu do processo cartorial (recebimento de solicitações e emissões de autorizações) para a gestão da informação (sistematização e divulgação dos dados de biodiversidade resultantes das pesquisas autorizadas).
O Almoxarifado Virtual é uma proposta de sustentabilidade por contratação de gerenciamento de meios. A iniciativa opera a partir da prestação de serviço continuado. Com isso, o ICMBio parou de adquirir materiais de escritório e de combate a incêndio e passou a operar com um almoxarifado terceirizado que fornece insumos de expediente, processamento de dados e combate a incêndios de seu próprio almoxarifado, num sistema similar a um stop shop, além de controlar os estoques de pronto uso de cada unidade e fazer o seu ressuprimento.
Cada unidade da autarquia possui uma cota autônoma de pedidos, num baixo valor em periodicidade mensal. Desse modo, as unidades do Instituto se mantêm supridas o ano todo, sem desperdícios e sem estoques, fazendo os seus pedidos no almoxarifado virtual e customizando suas cestas de necessidades de produtos para a produção processual e o atendimento sazonal das emergências ambientais.
Já o SANGe é um sistema institucional, de ciclo anual, que avalia e monitora a gestão das 324 UCs administradas pelo Instituto. A ferramenta avalia a gestão das unidades por meio da análise de elementos territoriais – o que se quer manter, as relações da sociedade com esses elementos e as ações dos órgãos gestores.
Tudo isso é feito por meio de um painel de gestão que permite o preenchimento e a visualização de dados, gerando resultados que podem auxiliar outros processos, como plano de manejo e compensação ambiental.
O SAMGe contribui ainda para subsidiar a tomada de decisão em âmbito local, sistematizar e monitorar informação territorial em uma base comum e gerar relatórios gerais ou específicos. Além disso, o sistema também é utilizado, ainda de forma incipiente, como ferramenta para priorizar ações e processos em UCs federais e estaduais apoiadas por projetos especiais.
Acadebio, o espaço do conhecimento
A consolidação da educação corporativa no ICMBio ganhou força a partir de 2009, com a criação do Centro de Formação em Conservação da Biodiversidade (Acadebio), como estratégia de proporcionar ao quadro de servidores formação e capacitação continuada de acordo com as diretrizes institucionais, numa estrutura própria e adequada.
Da sua fundação até hoje, a Acadebio já ministrou mais de 450 cursos nas mais diversas temáticas, totalizando aproximadamente 16 mil participações, das quais destaca-se a formação de 263 instrutores.
Dentre os cursos, destaque para os de Formação em Gestão da Biodiversidade; Gestão Socioambiental; Gestão para Resultados; Formação de Instrutores; Fiscalização Ambiental; Abordagem, Armamento e Emprego de Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo; Monitoramento da Biodiversidade; Geoprocessamento; e Uso Público em Unidades de Conservação.
Grande parte dessas capacitações foi efetuada na modalidade presencial. Até o final deste ano, o ICMBio passará a disponibilizar diversos cursos virtuais e gratuitos para a sociedade, em sua mais nova plataforma (ava.icmbio.gov.br).
Mas não é de hoje que a Acadebio vem ampliando sua área de atuação para o público externo. Desde alguns anos, o Centro de Formação contempla outros órgãos públicos, notadamente os integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama), como o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e órgãos estaduais e municipais da área ambiental.
Esse maior raio de ação tem gerado repercussões muito positivas na formação de agentes públicos vinculados à conservação da biodiversidade brasileira. “Com isso, estamos contribuindo para uma ação sistêmica do Estado brasileiro na conservação do meio ambiente, criando uma rede de troca de informações e conhecimentos com nossos parceiros”, diz Marina Kluppel, chefe da Acadebio.
Desse modo, a Acadebio se consolida cada vez mais como um espaço de intercâmbio e inovação na gestão da conservação da biodiversidade brasileira. Com uma clara vocação para estabelecer pontes entre servidores do ICMBio e de outros órgãos do Sisnama, o ambiente de imersão do Centro de Formação, situado na Floresta Nacional de Ipanema, em Iperó (SP), permite a problematização e a experimentação da realidade da gestão de áreas protegidas em um local de troca de experiências e ideias.
“Com a riqueza de ambientes naturais oferecidos pela Flona de Ipanema, verdadeiro campo de experimentação, os cursos oferecidos pela Acadebio, neste espaço, permitem a construção de soluções para questões compartilhadas dentro da temática da gestão da biodiversidade brasileira”, afirma a chefe Marina Kluppel.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280