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Inicia evento que debate 46 boas práticas em UCs
O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, e o presidente do ICMBio, Ricardo Soavinski, participaram da abertura do III Seminário de Boas Práticas na Gestão de Unidades de Conservação e do I Fórum Internacional de Parcerias na Gestão de Unidades de Conservação, que iniciou hoje (27) em Brasília.
O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, defendeu hoje (27), durante a abertura do III Seminário de Boas Práticas na Gestão de Unidades de Conservação e o I Fórum Internacional de Parcerias na Gestão de Unidades de Conservação, que a “a troca de experiências proporciona um ambiente de inteligência coletiva”. O evento, que acontece no Centro Internacional de Convenções do Brasíl, em Brasília, discute
46 boas práticas
desenvolvidas em unidades de conservação, trocando experiências entre os participantes durante os três dias evento (27 a 29 de novembro).
Sarney disse ainda, na abertura do evento, que gerir o patrimônio natural no Brasíl é uma tarefa complexa.“O desafio é grande, mas não intimida o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A causa ambiental é uma missão para os gestores”, afirmou, diante de uma plateia de mais de 250 pessoas, entre profissionais de conservação da biodiversidade, servidores públicos, representantes governamentais, comunidades locais, empresários, voluntários, universidades e organizações da sociedade civil. O evento é organizado pelo ICMBio, Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM) e Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ).
O presidente do ICMBio, Ricardo Soavinski, ressaltou também a importância das 324 unidades de conservação geridas pelo ICMBio com o apoio de vários parceiros. Disse das iniciativas do governo em ampliar e criar mais unidades de conservação, como foi o caso do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, que ampliou a área de preservação. Segundo ele, o ICMBio precisa “chegar cada vez mais perto da sociedade”, para que as pessoas possam usufruir e cuidar dos recursos naturais. Soavinski elogiou o protagonismo dos gestores, servidores, parceiros, voluntários e comunidade científica. “Nossas boas parcerias resultam em sucesso na gestão de UCs. As trocas de experiências destas iniciativas inovadoras executadas nas unidades revertem em benefícios para a sociedade”.
Na abertura do evento, Cláudio Pádua, do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), defendeu que as unidades de conservação são tesouros nacionais. “Elas trazem desenvolvimento nacional e regional”. A opinião é compartilhada com Alexandre Santos, do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM). “Elas são patrimônio da humanidade, precisam ser preservadas. Por esse motivo que gestão e parceria são centrais nesse debate”.
Já Anselm Duchorow, da Agência de Cooperação Técnica Alemã (GIZ), reafirmou a parceria com o ICMBio para avançar na agenda de preservação da biodiversidade. Anna Toness, da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), ressaltou os desafios que um país enfrenta para proteger as suas áreas naturais. Ela defendeu que a troca de experiência é fundamental para “aprender com as práticas”. Marina Campos, da Fundação Moore, prôpos um desafio aos participantes do Seminário de Boas Práticas. “Aprendemos também com erros. Errar faz parte. Sugiro um debate sobre práticas que não deram certo”. A abertura do evento ainda teve a apresentadora e atriz da Globo, Maria Paula, hoje, Embaixadora da Paz do Distrito Federal, que proferiu um breve discurso sobre a paz e a natureza.
Além das iniciativas brasileiras, experiências internacionais fazem parte das discussões. Palestrantes dos Estados Unidos, Zâmbia, Zimbábue, Espanha e Colômbia vão dividir com o público a visão deles sobre a importância global do Brasil em relação à biodiversidade e áreas protegidas. O encontro também vai apresentar 46 melhores práticas de gestão realizadas nas UCs brasileiras, resultado de uma seleção prévia dos organizadores. As práticas serão debatidas entre os participantes, com o objetivo de trocar informações e ideias que possam ser disseminadas e aplicadas em outras UC.
Neste ano, o evento conta com uma maior participação de membros de comunidades vizinhas ou moradoras das UCs, que agregaram seus conhecimentos às discussões. A ideia é que eles também discutam a relação da comunidade com a área protegida e como a parceria entre eles pode fortalecer o desenvolvimento e conservação das unidades. Da mesma forma, o setor privado e organizações do terceiro setor também participam relatando e conhecendo experiências de envolvimento com a gestão das unidades de conservação.
Sobre as unidades
As unidades de conservação são patrimônios da sociedade brasileira. Atualmente, existem 324 unidades de conservação federais que protegem áreas de todos os biomas: Mata Atlântica, Amazônia, Cerrado, Pantanal, Pampa, Caatinga e Marinho Costeiro. A função primordial de uma UC é conservar a riqueza biológica do Brasil e porções significativas de diferentes populações, habitats e ecossistemas além de garantir o uso sustentável dos recursos naturais pelas populações. Cerca de 9% do território nacional, 793.659 quilômetros quadrados, são áreas de UCs administradas pelo ICMBio.
As unidades de conservação são o instrumento mais efetivo para a proteção da nossa biodiversidade. Os serviços ambientais promovidos por essas áreas, como fornecimento de água e alimentos, regulação do clima, fertilidade dos solos, além de espaços verdes para lazer, educação e cultura são essenciais para toda a população.
O gerenciamento desse patrimônio biológico requer cada vez mais esforços, não apenas dos servidores responsáveis pelas UCs, como de parceiros de diversos setores, com vistas a criar soluções conjuntas para fortalecer a proteção dessas áreas, combatendo desafios importantes como desmatamento, fogo, caça ilegal, entre outros.
Realização e apoio
O evento é organizado pelo ICMBio, Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) e Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM), com o apoio da Gordon and Betty Moore Foundation, Projeto Desenvolvimento de Parcerias Ambientais Público-Privadas apoiado pelo Banco Interamericano para o Desenvolvimento (BID), Caixa Econômica Federal, Agência de Cooperação Técnica Alemã (GIZ), Serviço Florestal Norte-Americano (USFS) e Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
Unidades de Conservação - ICMBio
Quantidade de unidades de conservação federais: 324
Proteção Integral: 93
Uso Sustentável: 87
Área de cobertura: 793.659 Km²
34% abrigam pesquisas científicas
5.163.221 de visitantes em 61 UCs que recebem visitantes (2.648.110 pagantes e 2.515.111 não pagantes) - dados de setembro/2017
52.104 famílias beneficiárias em áreas de uso sustentável
Seminário em Números
150 unidades de conservação envolvidas diretamente
10 estados com representantes – Acre, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Minas gerais, Pará, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Tocantins
Serviço:
III Seminário de Boas Práticas na Gestão de Unidades de Conservação e I Fórum Internacional de Parcerias na Gestão de Unidades de Conservação
Quando: de 27 a 29 de novembro
Endereço: Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), Setor de Clubes Esportivos, Trecho 2, Conjunto 63, Lote 50, Brasília/DF
Mais informações e programação completa
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Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280