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Ilha dos Lobos monitora mamíferos marinhos
E faz o registro inédito do retorno de um elefante-marinho-do-sul à região do refúgio de vida silvestre em Torres, no litoral gaúcho, onde foi marcado meses antes
Brasília (01/09/2016) – O Refúgio de Vida Silvestre (Revis) da llha dos Lobos, unidade de conservação (UC) administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no município de Torres, no litoral do Rio Grande do Sul, iniciou programa de monitoramento dos mamíferos marinhos que ocorrem no refúgio e seu entorno.
Intitulado “Monitoramento de Pinípedes no Revis Ilha dos Lobos e seu entorno”, o projeto visa a realizar a marcação dos animais por meio da técnica de descoloramento de pelos e coleta de material biológico para análise.
O primeiro animal a ser marcado foi um elefante-marinho-do-sul (
Mirouga leonina
), uma espécie de mamífero marinho que raramente aparece no litoral gaúcho. Durante os 20 anos de monitoramento da costa do Rio Grande do Sul, realizado pelo Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema), entre 1993 e 2013, foram registrados apenas dez animais, sendo apenas cinco vivos.
Primeira vez
Segundo a analista ambiental e chefe da UC, Aline Kellermann, que também é médica veterinária, além de ser raro, o registro é inédito. “Pela primeira vez conseguimos registrar o retorno do mesmo elefante-marinho-do-sul com a marcação”, garantiu ela.
No início de junho, o animal ficou uma semana descansando numa marina na beira do rio Mampituba. Na ocasião, o ICMBio, juntamente com pesquisadores da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Urergs) e Gemars (entidades conselheiras da UC), fez a marcação do elefante-marinho-do-sul com a letra “T” de Torres e o número 1 (T1) e coletaram amostras biológicas para avaliar a saúde do animal.
No dia 19 de agosto, ele apareceu novamente numa propriedade à beira do rio Mampituba onde ficou por cinco dias. “O animal estava em boas condições de saúde e coletamos novamente amostras biológicas para análise”, disse Aline Kellermann.
A analista destaca a importância do registro. “Com a marcação que estamos fazendo podemos acompanhar o deslocamento dos animais e a saúde deles. Além disso, essas informações são fundamentais para subsidiar diretrizes de gestão como a elaboração do plano de manejo da unidade, previsto para ser iniciado em 2017.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280