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Identificadas novas espécies de peixes na Reserva Biológica de Tapirapé
Um dos resultados será a publicação das descobertas em artigo científico
Brasília (14/7/2011) – Parceria entre a Reserva Biológica de Tapirapé, Unidade de Conservação federal gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no Pará, e a Universidade Federal do Pará (UFPA) possibilitou a descoberta de novas espécies na reserva, localizada no mosaico de Carajás, a sudeste do Pará e que abrange os municípios de Parauapebas, Marabá, São Félix do Xingu, Canaã dos Carajás e Água Azul do Norte.
Entre elas estão três piabas com tamanho inferior a cinco centímetros que vivem em igarapés. Já nos rios foi registrada uma nova espécie chamada de "cacunda" ou "piaba corcunda", que apresenta tamanho aproximado de 15 centímetros e vive nos locais de remanso do rio Tapirapé.
Foi encontrada, ainda, uma espécie nova de piranha, também coletada no rio Tapirapé, e um Pacu de corredeira, que habita o rio Itacaiúnas, todas descritas pela equipe de pesquisadores do Grupo de Ecologia Aquática da UFPA.
Um dos resultados do curso será a publicação sobre as descobertas de espécies presentes na reserva em artigo científico sobre o levantamento de peixes encontrados nos corpos hídricos, assim como cinco resumos de congresso sobre os outros organismos estudados durante a estada do grupo na área.
A descoberta se deveu graças a uma parceria entre a reserva e a Universidade, que realizaram em conjunto o curso de campo em Ecologia Aquática, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) dentro da reserva.
O curso começou em junho e foi encerrado no dia 1º de julho, sob a coordenação do professor doutor Tommaso Giarrizzo. Durante o curso, o grupo de 12 mestrandos do Programa de Pós-graduação em Ecologia Aquática e Pesca da UFPA diagnosticou seis espécies de peixes como novas para a ciência, do total de 120 coletadas na reserva e seu entorno.
O curso, que teve duração de 30 dias, ocorreu em três módulos, sendo o primeiro, de conhecimento teórico; o segundo, de atividade de campo; e o terceiro, de análise de laboratório. Segundo o professor doutor Tommaso, o curso ajudará na formação do profissional de profissionais acerca da Amazônia.
“Os mestrandos passam, com isso, a ter a experiência prática sobre a biodiversidade com a qual lidarão no dia a dia de suas profissões”, frisa Tommaso. Segundo ele, o curso proporcionou conhecimento com enfoque na flora e fauna de ambientes aquáticos e suas interações com o meio ambiente.
Para participarem do curso de campo, os estudantes precisaram se deslocar de Belém até as margens do rio Itacaiúnas. De lá, seguiram para a Reserva Biológica (Rebio) em cinco voadeiras, em viagem que durou uma hora e meia, até a base de apoio do Bacaba, situada no coração da reserva. Os alunos realizaram atividades de pesquisa com peixes, biomarcadores, plâncton, insetos aquáticos e quelônios.
O curso contou com o apoio do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), o maior programa em conservação e uso sustentável de florestas tropicais do planeta, do Ministério do Meio Ambiente, que custeou a alimentação da turma; do Instituto Chico Mendes, que disponibilizou combustível, infraestrutura e a base do Bacaba; e da Vale, por meio da Diretoria de Ferro, que ofereceu o transporte para deslocamento e a cessão de agentes florestais para guiar o grupo no local.
Fonte: Diário Online
Micheline Ferreira
Assessoria de Comunicação
Programa de Pós-Graduação em Ecologia Aquática e Pesca – UFPA
Ascom/ICMBio
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