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ICMBio usa tecnologia nacional para rastrear peixes-bois
Monitoramento via satélite brasileiro contribuirá para conservação do habitat e proteção de áreas de deslocamento dos animais na APA e Arie de Mamanguape, no litoral da Paraíba
Brasília (03/11/2017) – A Área de Proteção Ambiental (APA) da Barra do Rio Mamanguape e a Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) dos Manguezais da Foz do Rio Mamanguape, geridas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no litoral da Paraíba, acabam de realizar trabalho de pesquisa, manejo e monitoramento de cinco peixes-bois marinhos reintroduzidos nas unidades.
A iniciativa, desenvolvida em parceria com a Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA), visa utilizar tecnologia genuinamente brasileira na transmissão de dados locais e satelitais de peixes-bois marinhos através de satélite brasileiro do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A pesquisa foi aprovada pela FMA junto à Fundação Grupo O Boticário. Até então, os dados de monitoramento satelital eram obtidos de satélites norte-americanos.
Os animais receberam o equipamento que irá rastreá-los (acompanhamento remoto) e fornecer informações sobre os deslocamentos dentro e fora dos limites das unidades de conservação, os seus hábitos alimentares, as áreas de maior permanência, entre outros dados.
O rastreamento contribuirá para a conservação do habitat do peixe-boi marinho e para as ações de gestão voltadas para proteção das áreas de deslocamento e ampliação das restrições no interior das UCs. Vai permitir ainda acompanhar e identificar as principais enfermidades que atingem os animais no ambiente natural, assim como avaliar o crescimento e o ganho de peso, além de outras informações.
Durante o manejo, os peixes-bois foram capturados e transportados para um local apropriado em terra firme. Foram realizadas avaliações clínicas, incluindo coleta de amostras de sangue, e efetuada a coleta de amostras biológicas, biometria e pesagem. Em seguida, os animais receberam o equipamento de rastreamento satelital, composto de cinto de silicone, tether e rádio transmissor.
Para a realização desta atividade, a APA, a ARIE e a FMA contaram com uma equipe de 14 pessoas, incluindo médicos veterinários, ecólogos, biólogo e tratadores de animais do ICMBio, além de pescadores locais, que deram importante colaboração.
A iniciativa faz parte do Programa Nacional para a Conservação dos Peixes-Bois Marinhos. Além da Fundação Mamíferos Aquáticos, a APA da Barra do Mamanguape, Arie dos Manguezais da Foz do Rio Mamanguape, participaram dos trabalhos o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste (Cepene), do ICMBio, e o Instituto Bicho D'Água, com apoio da Fundação Grupo O Boticário.
Comunicação ICMBio - (61) 2028-9280 – com informações da APA da Barra do Rio Mamanguape (Thalma Maria Grise Velôso)