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ICMBio segue monitorando lama da Samarco
Publicado em
22/02/2018 18h56
Equipes técnicas do ICMBio, IBAMA e IEMA-ES têm participado de sobrevoos desde novembro de 2015.
Sandra Tavares
sandra.tavares@icmbio.gov.br
Mais de dois anos após o desastre ambiental ocorrido no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG) - considerado o maior da história brasileira - a foz do Rio Doce continua trazendo para o mar sedimentos alaranjados - popularmente conhecidos como "lama da Samarco". Esta foi a conclusão da equipe técnica do Tamar/ICMBio, após sobrevoar dia 16 de fevereiro o litoral do Espírito Santo e extremo sul da Bahia. O mar, segundo os servidores que estiveram no helicóptero, permanece com áreas alaranjadas próximas a algumas praias, bem como plumas de aparência mais diluída, que mudam de lugar dependendo das condições meteorológicas e oceanográficas.
O técnico ambiental do Tamar/ICMBio, Evandro de Martini, ressalta que nas primeiras semanas de fevereiro choveu forte em toda a bacia. “Isso só ampliou a conhecida coloração alaranjada do Rio Doce. Para se ter uma ideia esta mesma cor pôde ser vista em Piúma e Anchieta, no sul do ES. Como isso está impactando a biodiversidade? Ainda sabemos muito pouco”, frisa Martini.
Segundo a analista ambiental da Base do Tamar/ICMBio em Guriri, São Mateus-ES, Kelly Bonach, entre as UC's federais impactadas por essa pluma de sedimentos estão: Rebio Comboios, em cujas praias ocorrem desovas das tartarugas marinhas; APA Costa das Algas e RVS de Santa Cruz, ambas localizadas na região marinha confrontante aos municípios de Serra, Fundão e Aracruz (ES).
Voluntário sobrevoou
O sobrevôo marcou o voluntário Weriques Silva, que atua na Base do Tamar/ICMBio em Guriri, São Mateus-ES. Foi a primeira vez que ele teve a oportunidade de ver de cima os impactos visíveis desse desastre ambiental. “O retorno às comunidades será feito por meio de conversas formais e informais, sem contar as atividades que serão executadas nas escolas das comunidades e no espaço de educação ambiental do Centro Tamar em Guriri, no ES”, explica Weriques.
Outra forma de monitoramento dos impactos tem sido a realização de expedições para coleta de material biológico, água e sedimentos in situ para análises em laboratório – o que tem sido essencial para complementar a avaliação visual feita por meio dos sobrevoos.
Segundo o analista ambiental do Tamar/ICMBio e secretário executivo da Câmara Técnica de Conservação e Biodiversidade (CTBio), Leandro Pereira Chagas, está sendo realizado desde o dia 20/02/2018 a 5ª expedição de monitoramento, promovida pelo ICMBio em parceria com universidades.
A CTBio é coordenada pelo ICMBio e, junto com os demais órgãos ambientais federais e estaduais, tem como atribuições orientar, acompanhar, monitorar e fiscalizar quatro Programas, no âmbito do Comitê Interfederativo, a saber: Programa de Conservação da Biodiversidade Aquática, incluindo água doce, zona costeira e estuarina e área marinha impactada; Programa de Fortalecimento das Estruturas de Triagem e Reintrodução da Fauna Silvestre; Programa de Conservação da Fauna e Flora Terrestre; e Programa de Consolidação das Unidades de Conservação.
Este sobrevoo, bem como os anteriores, tem sido custeado pela Samarco, após autuação do IEMA-ES.
Comunicação ICMBio
61 20289280
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