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ICMBio retira centenas de indivíduos de espécies invasoras do Parque Nacional de São Joaquim
- Foto: Divulgação/ICMBio
O Parque Nacional de São Joaquim (PNSJ), em Santa Catarina, realizou o manejo de espécies de plantas exóticas dentro da Unidade de Conservação, com retirada de mais de 500 unidades vegetais. A ação foi organizada pela gestão do parque e por parceiros locais para garantir o controle das plantas invasoras, que ameaçam o equilíbrio do ecossistema e podem causar sérios danos para o bioma da região.
Nessa primeira etapa, o foco dos trabalhos de manejo foi nos vimeiros, também conhecidos como chorões ou salgueiros. O treinamento da equipe para retirada adequada dos indivíduos durou um dia, mas o experimento, que inclui estudos e planejamento da efetividade da ação, durou meses. A atividade é fruto de uma parceria entre o ICMBio, o Laboratório de Ecologia de Invasões Biológicas, Manejo e Conservação (LEIMAC) da UFSC e o Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental.
O manejo dos vimeiros foi realizado pela combinação entre controle mecânico (corte) e controle químico somente nas áreas do interior do Parque, mas a gestão avalia ações no entorno da unidade caso ocorram focos de invasão. De acordo com o analista ambiental do PNSJ, Marco da Silva, a planta exótica invasora possui maior capacidade de dispersão quando comparada com as nativas, devido a sua forma de proliferação.
O gênero de plantas Salix foi introduzido no Planalto Sul Catarinense na década de 1930, principalmente para uso econômico: o vimeiro produz uma fibra que pode ser utilizada para fabricação de móveis e artesanatos. Atualmente, há diversas árvores de vimeiro dentro do Parque Nacional e somente a espécie Salix humboldtiana é nativa do bioma.
A espécie que se espalhou pela região, Salix X Rubens, ocupa áreas de margens de rios, causando efeitos negativos na dinâmica hidrológica. “O impacto conhecido da espécie é muito grande, pois altera muito a estrutura da vegetação às margens dos corpos d'água, prejudicando flora e fauna”, alerta o servidor Marco da Silva. Nos piores casos, é possível que a espécie esgote a água dos córregos e banhados.
O manejo das espécies exóticas invasoras, seja de fauna ou flora, está entre as prioridades da Unidade de Conservação. Por isso, as ações devem ser continuadas e ampliadas, até a erradicação das exóticas. O controle inicia com os vimeiros, mas deve se estender para os eucaliptos e pinus – espécies que também causam sérios danos à biodiversidade local.
“Buscamos salvaguardar as espécies nativas, recursos hídricos, solos e as paisagens do Parque”, conclui Marco. Em adição às ações de remoção, os servidores irão manter atividades de reconhecimento e mapeamento de vias e vetores para prevenir novas invasões.
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