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ICMBio recupera manguezais em APA no Rio de Janeiro
Projeto é realizado em parceria com cooperativa de pescadores
Brasília (31/07/2012) – A Cooperativa Manguezal Fluminense, criada em 2009 sob orientação do Núcleo de Gestão Integrada (NGI) da Área de Proteção Ambiental (APA) Guapimirim/Estação Ecológica (Esec) Guanabara, inicia um novo projeto de recuperação florestal em uma área de manguezal da APA Guapimirim. As unidades de conservação ficam no estado do Rio de Janeiro e são geridas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O projeto é uma importante atividade de recuperação experimental, em menor escala, com cerca de 1 hectare de uma área plenamente tomada por vegetação bastante agressiva. A cooperativa irá desenvolver atividades que incluem a preparação do terreno e plantio, além da manutenção do projeto que terá dois anos de duração.
“É uma área totalmente tomada por taboas (Typha domingensis) que tem impedido a regeneração da floresta de mangue no local. Esta iniciativa vai proporcionar avaliar metodologias adequadas para o controle da espécie com a finalidade de recuperação de outros trechos similares de maior dimensão no interior da APA”, diz o chefe da Esec Guanabara Maurício Muniz.
Para o cooperado Malafaia, “se não houvesse apoio da gestão da APA e da Esec não teríamos chegado onde chegamos. Juntar o conhecimento técnico do Instituto Chico Mendes com o conhecimento prático que pescadores e caranguejeiros tem do local foi fundamental”.
Segundo o chefe da APA Guapimirim, Breno Herrera, existe uma nova fase na gestão socioambiental da APA. A recuperação florestal será coordenada e executada diretamente pelos moradores locais. No projeto existe a articulação de elementos fundamentais para o funcionamento das unidades de conservação como o arranjo interinstitucional (uma unidade de conservação federal se beneficiando de um processo de licenciamento estadual), protagonismo comunitário local, manejo florestal e geração de renda sustentável.
Cooperativa
A Cooperativa Manguezal Fluminense é composta por caranguejeiros e pescadores. Trabalha como organização comunitária e na execução de projetos socioambientais oferecendo alternativa de renda local sustentável. Ela já vem atuando no ecoturismo, com passeios guiados pelos últimos rios conservados da baía de Guanabara, protegidos pelas unidades de conservação federais.
Alguns cooperados foram contratados para a recuperação de cerca de 40 hectares de mangue, em projeto conduzido tecnicamente pela Oscip Innatus (representante da sociedade civil da APA Guapimirim/ Esec Guanabara no conselho do Mosaico de Unidades de Conservação da Mata Atlântica Central Fluminense).
Este primeiro projeto foi iniciado em 2010 e financiado a partir de um Termo de Ajustamento de Conduta referente a um derramamento de óleo diesel ocorrido em 2005, que atingiu uma parte da APA. Já está em fase final de manutenção, apresentando ótimos resultados na recuperação de áreas que estavam há décadas ocupadas por vegetação invasora, resultante de usos agrícolas predatórios no passado.
Neste primeiro projeto alguns cooperados foram contratados como mão de obra especializada, já que haviam sido capacitados pelo NGI, em parceria com o Innatus, para atividades de viveirismo e reflorestamento.
Comunicação ICMBio
(61) 3341-9280