ICMBio realiza oficina regional do PAN Manguezal

Evento reuniu o público acadêmico e lideranças comunitárias

Brasília (02/07/2013) – A Coordenação de Planos de Ação (Copan), em parceria com o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Sócio-biodiversidade Associada a Povos e Comunidades Tradicionais (CNPT), realizou entre os dias 10 e 14 de junho, a oficina regional do PAN Manguezal. O evento, sediado no município de Cananéia, no litoral sul de São Paulo, envolveu representantes das regiões Sul e Sudeste do país, recebendo ao todo 67 pessoas.

A oficina teve como objetivo planejar as ações de conservação para as espécies ameaçadas e de importância sócio-econômica existentes nos manguezais das áreas estratégicas. Entre os participantes, destacaram-se analistas ambientais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), bem como pesquisadores, lideranças comunitárias e representantes de ONGs e demais órgãos da administração pública, como o Ministério da Pesca e Agricultura (MPA), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Instituto Brasileiro de Meio Ambieinte e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Os participantes do evento destacaram que um grande risco do PAN é a crescente vulnerabilidade dos pescadores artesanais e outros grupos extrativistas, que dependem dos recursos dos manguezais frente às ameaças identificadas. Os envolvidos reforçaram ainda, a importância da participação destes grupos na elaboração do Plano de Ação do Manguezal e da integração de variados saberes e fazeres no planejamento e na implementação das ações para conservação. Segundo os envolvidos na Oficina, isso garantiria a participação efetiva desses atores em outras esferas de planejamento do uso dos territórios-alvo e na elaboração de estratégias que facilitem o acesso às informações.

Esta foi a primeira oficina do PAN Manguezal a envolver, de maneira direta, o público acadêmico-científico com as lideranças comunitárias, uma vez que as reuniões realizadas em 2012 foram voltadas somente para os representantes dos povos e comunidades tradicionais com dependência dos manguezais brasileiros. Para Kátia Barros, coordenadora do CNPT e do PAN Manguezal a interação destes atores na oficina de Cananéia apontaram para definição de ações que visam minimizar ou cessar ameaças relacionadas a diferentes temáticas, como a expansão urbana desordenada, a pesca irregular, o uso de agrotóxicos e o avanço das atividades portuárias em áreas de mangue. "A oficina nos trouxe a necessidade de aprimorar a metodologia utilizada até o momento, de modo a propiciar um melhor diálogo entre os vários saberes fortalecendo assim a implementação do Pan Manguezal" afirmou a coordenadora.

Para atender a demanda dos participantes da oficina, uma reunião técnica, voltada para sistematização do planejamento e discussão de outras ações, bem como o estabelecimento de custos e articuladores nas regiões Sul e Sudeste está prevista para o mês de agosto.

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