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ICMBio realiza Monitoria do PAN dos Papagaios da Mata Atlântica
PAN visa garantir a integridade genética e demográfica das espécies
A oficina teve como objetivo principal a monitoria e a finalização da matriz de indicadores do PAN Papagaios. O Plano visa garantir a integridade genética e demográfica das populações naturais das espécies-alvo, por meio da ampliação do conhecimento científico, da redução da perda de habitat e da retirada de espécimes da natureza nos próximos cinco anos.
De acordo com Patricia Pereira Serafini, analista ambiental do Cemave/ICMBio e coordenadora do PAN Papagaios, a abrangência do Plano segue as áreas de ocorrência das espécies, por exemplo, o chauá é endêmico da faixa litorânea do centro-leste do Brasil, ocorrendo desde o estado de Alagoas chegando ao sul do Rio de Janeiro até o leste de Minas Gerais; o papagaio-charão ocorre no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, chegando ocasionalmente à Argentina. O papagaio-de-cara-roxa ocorre em uma faixa contínua que vai do litoral sul de São Paulo, passando pelo Paraná e chegando até o litoral norte de Santa Catarina; e o papagaio-de-peito-roxo ocorria originalmente em uma região da Mata Atlântica do sul da Bahia ao norte do Rio Grande do Sul, incluindo o sudeste do Paraguai e Misiones, na Argentina. O papagaio-verdadeiro tem ampla distribuição, sendo encontrado nas regiões Nordeste, Sudeste, Centro-oeste e Sul do Brasil, além do leste da Bolívia, norte da Argentina e sul do Paraguai.
Com a presença de 15 pesquisadores, a Oficina de Monitoria do PAN Papagaios teve início com a apresentação conceitual e metodológica do processo de monitoria de Planos de Ação Nacional e seguiu com a programação que incluiu a discussão sobre os produtos esperados, a metodologia de planejamento utilizada, bem como seus conceitos. O grupo reunido promoveu a avaliação da implementação das ações e sua reprogramação.
Também foi pauta de discussão a transição da gestão dos Programas de Cativeiro do Papagaio-de-cara-roxa e Papagaio-de-peito-roxo, elaborados desde 2012 no âmbito deste PAN, para a coordenação da Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil (SZB). Estes dois programas de cativeiro não serão geridos pelo ICMBio, uma vez que para estas duas espécies ameaçadas o revigoramento populacional não está entre as estratégias prioritárias para os próximos cinco a dez anos, conforme informa Patricia Serafini, coordenadora do PAN. Ela também destaca que "este momento presencial de monitoria anual do PAN Papagaios é muito importante para o acompanhamento do desempenho das ações planejadas e entrega dos produtos do PAN".
Comunicação ICMBio
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