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ICMBio quer centros de pesquisa afinados com UCs
No encontro nacional em Brasília, gestores discutem temas como a ampliação da produção científica, manejo de espécies e o aumento dos ecossistemas monitorados pelo Instituto
Ramilla Rodrigues
ramilla.rodrigues@icmbio.gov.br
Brasília (26/05/2017) – Terminou nesta sexta-feira (26), em Brasília, o encontro de gestores dos centros nacionais de pesquisa e conservação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O evento, que começou na segunda-feira (22), serviu para definir estratégias de ação para este ano em sintonia com a Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade (Dibio), do Insitituto.
Os centros atuaram recentemente em emergências ambientais, como o acidente provocado pelo estouro da barragem da mineradora Samarco, em Mariana (MG), e na epidemia de febre amarela, que causou a morte de muitos macacos no Sudeste.
Durante o encontro, foram discutidos temas como a ampliação da produção científica dos centros por meio do plano de pesquisa do ICMBio, o aumento do número de ecossistemas contemplados nos programas de monitoramento, o manejo de espécies e o reforço à gestão das unidades de conservação.
Conexão
O presidente do ICMBio, Ricardo Soavinski, esteve na reunião e destacou a importância de alinhar as atividades dos centros às unidades de conservação (UCs). “A gente precisa de uma maior conexão entre os centros e UCs e que seja um processo de muito diálogo”, enfatizou Soavinski. “É um fluxo no qual os centros têm a contribuir, por exemplo, com a criação e ampliação das unidades”, disse.
A coordenadora de Pesquisa e Gestão da Informação, Ana Elisa Schittini, apresentou propostas para melhorar o processo de avaliação do estado de conservação das espécies e apreciação de pareceres a fim de evitar a concentração de trabalhos.
Schittini também enfatizou a importância de análise de relatórios para elevar a qualidade das informações. “Essas informações são importantes e num futuro não tão distante, serão úteis para cruzar com o banco de dados do Sisbio (Sistema de autorização de pesquisa nas UCs) e melhorar a gestão de conhecimento do ICMBio”, afirmou ela.
Os centros publicaram 449 artigos científicos em periódicos nos últimos cinco anos, todos voltados à biologia da conservação e gestão das UCs.
Atuação
O ICMBio possui 14 centros nacionais de pesquisa (
veja abaixo)
. Nessas unidades, são desenvolvidas atividades técnicas e de pesquisa envolvendo espécies e ecossistemas ameaçados e também questões socioambientais. Os centros estão envolvidos diretamente na elaboração e gestão dos planos de ação nacional de conservação (PANs), lista oficial de espécies ameaçadas e mapas e cenários de vulnerabilidade.
Por meio de estudos técnicos e científicos, os centros também contribuem para a criação e gestão das unidades de conservação. Atualmente, 193 unidades (60% do total) usufruem diretamente do trabalho realizado pelos servidores dos centros.
“Hoje a gente tem um diálogo muito próximo com as unidades para algumas questões que elas nos demandam, pois, com a criação do ICMBio, os centros passaram a ter uma responsabilidade ainda maior”, destacou o coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), Ronaldo Morato.
Conheça os centros de pesquisa do ICMBio:
Cemave: Localizado em Cabedelo (PB). Trata de aves silvestres
RAN: Com sede em Goiânia (GO), tem como foco répteis e anfíbios continentais
Cenap: A sede é em Atibaia (SP). O Centro é responsável por mamíferos carnívoros (roedores, marsupiais, animais com casco)
CBC: Situa-se em Brasília. Cuida da pesquisa da Biodiversidade do Cerrado
Cecav: Também é sediado em Brasília. É referência em cavernas, grutas e espécies ameaçadas do ecossistema
Cepam: Fica em Manaus (AM). Tem foco em biodiversidade do bioma Amazônia
CPB: Tem sede em João Pessoa (PB). O foco são primatas brasileiros
Tamar: Com sede em Vitória (ES), é referência na pesquisa de tartarugas marinhas
CMA: Localiza-se em Santos (SP). É focado no estudo de mamíferos aquáticos
Cepene: Sediado em Tamamdaré (PE). Cuida da biodiversidade marinha no Nordeste
Cepnor: A sede fica em Belém (PA). É responsável pela biodiversidade marinha no Norte
Cepsul: Situado em Itajaí (SC). Atua na área de biodiversidade marinha do Sul e Sudeste
Cepta: Tem sede em Pirassununga (SP) e cuida de peixes continentais
CNPT: Fica em São Luís (MA). É o centro que se dedica a tratar do tema de populações tradicionais
Comunicação ICMBio
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