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ICMBio pronto para combater incêndios florestais
Com a chegada da seca em boa parte do País, Instituto contrata mais de mil brigadistas em 78 UCs situadas nos pontos mais críticos e faz 2.500 km de aceiros. Ajude também a evitar o fogo
Elmano Augusto
elmano.cordeiro@icmbio.gov.br
Brasília (28/07/2017) – Com a chegada do período mais crítico da seca (agosto e setembro) em boa parte do País, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) já está com toda a estrutura montada para prevenir e combater incêndios florestais, muito comuns nessa época do ano.
Segundo a Coordenação de Emergências Ambientais do ICMBio, foram contratados 1.170 brigadistas para atuar em 78 unidades de conservação (UCs), situadas majoritariamente nos estados das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte, mais vulneráveis nesse período (
Confira a lista
).
Além disso, foram feitos cerca de 2.500 quilômetros de aceiros (faixa de terra roçada para evitar que o fogo se espalhe na unidade de conservação). Os aceiros são considerados uma medida preventiva fundamental para evitar os incêndios.
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Por outro lado, as unidades estão dotadas de veículos, moto-bombas, abafadores, bombas costais, radiocomunicação, entre outros equipamentos equipamentos de proteção individual (EPI) usados pelas brigadas anti-incêndio.
O ICMBio mantém, ainda, contratos para uso de aviões air tractor (que lançam água sobre a vegetação em chamas). Os contratos funcionam por demanda. As aeronaves só são chamadas a entrar em ação nos casos mais graves e em locais de difícil acesso por terra.
Juntamente a essas medidas, o ICMBio integra o Centro Integrado Multi-Agências (Ciman), que faz parte da estratégia do governo federal de controle de emergências civis e ambientais. O Ciman é composto, ainda, pelo Ibama, Funai, Inpe e Defesa Civil Nacional.
Há ainda articulações com estados para garantir o apoio dos bombeiros militares em caso de necessidade. A Coem mantém estreitas relações com os Corpos de Bombeiros do Rio de Janeiro, Minas, Bahia, Tocantins, Mato Grosso, Rondônia, Goiás e Distrito Federal.
Capacitação
Desde a sua criação, há dez anos, o ICMBio tem se esforçado na capacitação de servidores para melhorar as respostas às ações de prevenção e combate a incêndios florestais.
Atualmente, existem 80 servidores que atuam como instrutores de brigada, inúmeros peritos de investigação de causas e origem de incêndios florestais e gestores capacitados no exterior em planejamento de ações de combate e prevenção.
A cada ano, o Instituto forma aproximadamente 3.000 brigadistas, residentes no interior ou entorno das unidades de conservação. Muitos deles, mesmo não contratados, integram brigadas voluntárias para ajudar nas emergências.
Ação humana
No ano passado, os incêndios florestais queimaram 974,4 mil hectares em unidades de conservação federais, localizadas nos mais diferentes biomas. Além de mobilizar recursos humanos e financeiros, o fogo causa, principalmente, enormes danos à biodiversidade brasileira.
O mais trágico de tudo isso, segundo a Coem, é que a quase totalidade dos incêndios é provocada pela ação humana, em alguns casos por negligência (condutas irresponsáveis) e em outros por intenções deliberadamente criminosas (inviabilizar a unidade de conservação).
Entre as principais causas de incêndios florestais, ainda de acordo com a Coem, estão a limpeza de pastagem para agricultura e pecuária, a queima de entulho, as fogueiras e a prática ilegal de soltar balões.
Recomendações
Para garantir a proteção do meio ambiente, os gestores da coordenação dão as seguintes recomendações:
Moradores ou visitantes de unidades de conservação
- Não faça fogueiras para iluminar a noite. Elas devem ser substituídas por lanternas ou outros equipamentos não inflamáveis.
- Evite a queima de lixo e entulho em áreas de vegetação. O ideal é que esse tipo de material tenha destinação adequada, como aterros sanitários, coleta seletiva, compostagem (técnica de reciclagem do lixo orgânico), entre outras.
Agricultores e pecuaristas
- Adote medidas preventivas para que o fogo não se torne um incêndio. Produtores rurais usam o fogo para limpar o terreno para plantio, combater pragas e renovar a pastagem. A queima controlada é passível de autorização em alguns estados.
- Para realizar uma queima dentro da legalidade, o produtor rural deve antes obter uma autorização no órgão ambiental competente, que fornecerá todas as orientações necessárias (período e horários permitidos, por exemplo). Porém, o fogo para agricultura e pecuária deve ser evitado nos meses mais secos e quentes do ano.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9285