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ICMBio promove soltura de animais marinhos apreendidos pela PF na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro
Equipes de mergulhadores realizam a soltura dos animais na área de reserva marinha - Foto: Leandro Goulart/ ICMBio
Equipes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizaram ontem (5) a soltura de 140 animais marinhos, apreendidos pela Polícia Federal, no primeiro dia da Operação Aquarium, cujo objetivo é reprimir o comércio ilegal de espécies de peixes ornamentais, algumas delas ameaçadas de extinção.
Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela PF na cidade de São Pedro da Aldeia. Logo após serem apreendidos, os animais foram encaminhados para soltura no fundo do mar, feita por mergulhadores do ICMBio, na Reserva Extrativista Marinha (Resexmar) de Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro.
De acordo com o chefe da Reserva Extrativista Marinha (Resexmar) de Arraial do Cabo, Leandro Goulart, o papel do ICMBio na operação é oferecer apoio operacional, técnico e científico à Polícia Federal, sobretudo na identificação e na reinserção dos animais no ambiente natural. “Temos uma das maiores biodiversidades do Brasil e a retirada desses animais causa um impacto na fauna como um todo porque os menores, que vivem nos costões, servem de alimento para os maiores e, ao não ter alimento por conta da pesca ilegal, os peixes maiores também podem sumir. É fundamental que a gente mantenha a vida marinha dos costões preservada para garantirmos essa variedade e fartura de peixe que temos na região”, esclarece.
Investigação
Segundo a Polícia Federal, a investigação foi iniciada a partir de um relatório de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). No documento, há informações de uma vistoria realizada em carga de animais marinhos que estava no galpão de uma companhia aérea no Aeroporto Internacional de Belém. Na carga foram encontrados 22 peixes ornamentais de diversas espécies. O local de embarque foi o Aeroporto Santos Dumont, na região central do Rio, com destino ao Aeroporto de Belém.
A carga teria sido vendida por uma empresa de São Pedro da Aldeia, especializada na comercialização de peixes ornamentais para o exterior. “A fiscalização constatou que a nota fiscal apresentada pela referida empresa estava em desacordo com os animais presentes no interior da carga, dentre eles espécimes de Linckia guildingi, uma estrela-do-mar que consta na Lista Oficial da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, os quais chegaram mortos em Belém”, informou, em nota, a PF.
A investigação indicou que a proprietária da empresa já foi investigada e indiciada em 2020 por comércio ilegal de animais marinhos ameaçados de extinção. Além de registrar a empresa investigada, a empresária manteve a prática ilícita mesmo após o indiciamento.
Objetivo de Desenvolvimento Sustentável relacionado:
Com informações da Resexmar de Arraial do Cabo e da Agência Brasil
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