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ICMBio promove barreira na entrada da Flona do Jamanxim
Publicado em
07/08/2018 17h41
Atualizado em
13/08/2018 11h25
Objetivo da ação é inviabilizar logística de desmatamento na região.
Ramilla Rodrigues
ramilla.rodrigues@icmbio.gov.br
A Unidade Especial Avançada - UNA/Itaituba, responsável pelo gestão de 12 (doze) Unidades de Conservação da área de influência da BR-163 e da BR-230, na execução da sua programação de ações de fiscalização, em sua 9ª etapa, promoveu na Floresta Nacional do Jamanxim durante todo o mês de julho, operação de fiscalização para coibir o desmatamento na região. A Flona é uma das unidades de conservação que mais sofre com desmatamento. Para isso, foi montada uma barreira restringindo o acesso de veículos no interior da Flona no ramal Marajoara.
No contexto da Operação Integração, estratégia definida pelo ICMBio para o combate ao desmatamento as Unidades de Conservação localizadas no arco do desmatamento, foi definido em conjunto com a CGPRO - Coordenação Geral de Proteção e COFIS - Coordenação de fiscalização, a estruturação de uma barreira restringindo o acesso à Flona no ramal Marajoara, sendo esta rota identificada como um dos principais acessos a vetores do desmatamento no interior da FLONA, e necessário sua gradual desativação pela gestão da Unidade de Conservação.
No contexto da Operação Integração, estratégia definida pelo ICMBio para o combate ao desmatamento as Unidades de Conservação localizadas no arco do desmatamento, foi definido em conjunto com a CGPRO - Coordenação Geral de Proteção e COFIS - Coordenação de fiscalização, a estruturação de uma barreira restringindo o acesso à Flona no ramal Marajoara, sendo esta rota identificada como um dos principais acessos a vetores do desmatamento no interior da FLONA, e necessário sua gradual desativação pela gestão da Unidade de Conservação.
Desde o meio de julho, nenhum veículo pode entrar na Flona pelo Ramal Marajoara sem autorização da UNA. A ordem é parar todos os veículos, identificar e fotografar seus ocupantes. O principal objetivo da ação é o de prevenção, pois dificultar a chegada de insumos é dificultar a entrada e permanência de infratores na Flona.
Insumos e equipamentos para produção agropecuária estão proibidos de entrar na unidade. “Sem insumos, principalmente combustível, estamos inviabilizando o desmate na unidade, pois para praticar este crime é necessário logística de transporte”, explica o coordenador da etapa, Brunno Kuhn Neto, analista ambiental da UNA. Para as fazendas que ficam dentro da Flona, são permitidos apenas 20 litros semanais de diesel, mas só para aquelas que possuírem Cadastramento Ambiental Rural (CAR). Alimentos, roupas e medicação também são permitidos. Maquinários agrícolas e gado só podem ser retirados da UC, mediante prévia identificação com os agentes na barreira. Armas, armadilhas e outras substâncias ilícitas serão apreendidas.
A barreira conta com agentes de fiscalização do ICMBio e policiais ambientais que estão 24 horas por dia no local, que possui alojamento e comunicação via internet. Além deles, a operação conta com o apoio tático do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) nas áreas de geoprocessamento e comunicação com o uso de drones para monitoramento, identificação de áreas de desmate e levantamento de alvos, bem como a instalação de antena V-SAT no local da barreira para acesso a internet. De acordo com os agentes de fiscalização, o uso de drones constitui uma vantagem tática na apuração de supostos ilícitos ambientais.
Em 2016, o ICMBio montou uma barreira nesta mesma área. Na ocasião, o objetivo era impedir o transporte de madeira irregular. No entanto, os agentes observaram uma grande quantidade de combustível entrando na Flona com a intenção de atravessar a unidade e chegar à APA do Tapajós, onde existe exploração mineral. “O material é um poluente em potencial, estava sendo transportado sem qualquer condicionante e sem atender às normas nacionais de transporte de combustível”, explica Kuhn Neto.
Incursões
Além da barreira, as ações de fiscalização na região continuam. Equipes formadas por agentes do ICMBio e policiais militares mantém as incursões a alvos pré-determinados, definidos pela equipe de planejamento das ações. Até o momento dez alvos de desmatamento, totalizando 2,470 hectares foram fiscalizados pela equipe em toda a Floresta Nacional do Jamanxim. “Com as incursões podemos caracterizar a autuação e identificar seus autores”, finaliza Kuhn.
A barreira é apenas uma das estratégias adotadas no contexto da UNA/Itaituba, diz a coordenadora da UNA, Maressa Amaral. "Manteremos a definição de alvos prioritários definidos pelos alertas DETER, de Unidades a serem atendidas, com as incursões realizadas pelas equipes", informa. O ICMBio atua junto ao Ministério Público Federal na ação "Amazônia Protege" com o viés de definir áreas prioritárias para andamento de ações judiciais, de forma a coibir as infrações ambientais e diminuir a impunidade sobre esses ilícitos.
A barreira é apenas uma das estratégias adotadas no contexto da UNA/Itaituba, diz a coordenadora da UNA, Maressa Amaral. "Manteremos a definição de alvos prioritários definidos pelos alertas DETER, de Unidades a serem atendidas, com as incursões realizadas pelas equipes", informa. O ICMBio atua junto ao Ministério Público Federal na ação "Amazônia Protege" com o viés de definir áreas prioritárias para andamento de ações judiciais, de forma a coibir as infrações ambientais e diminuir a impunidade sobre esses ilícitos.
De acordo com o coordenador de fiscalização do ICMBio, André Alamino, as operações vão se estender ao longo do ano. “As equipes volantes vão continuar atuando em outros ramais que estão sendo utilizados para desviar da barreira”. Análises prévias já detectaram que as ocorrências de desmate no Ramal Marajoara cessaram. Não existe uma previsão de quando a barreira será desmontada e ela, inclusive, pode alterar de local, se caso for constatada necessidade. “Com isso, esperamos reforçar ainda mais a presença do Estado na região, com especial atenção à Flona do Jamanxim, onde grandes polígonos de desmatamento têm sido registrados ao longo dos últimos meses”, conclui Alamino.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
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