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ICMBio participa no resgate de filhotes de lobos-guará órfãos com o uso de tecnologia
Publicado em
03/07/2020 13h01
Atualizado em
03/07/2020 13h12
Colar de GPS possibilitou identificar e localizar o lobo-guará morto a 10 km de distância da toca.
Filhote se alimentando. (Foto: Ivan Mattos/Zoológico de Brasília)
O Berçário do Zoológico de Brasília acolheu, na quarta-feira (25), cinco filhotes resgatados órfãos da espécie lobo-guará. O resgate ocorreu depois de pesquisadores do Onçafari localizarem a mãe, Caliandra, morta a cerca de 10 km de distância da toca, na divisa do Goiás com Minas Gerais e Bahia. Caliandra era monitorada há nove meses por meio de um colar de GPS, que auxiliava nos estudos e pesquisas científicas relacionadas à espécie. Com informações obtidas pelo colar, sabe-se que os filhotes nasceram no dia 1º de junho e ficaram órfãos no último dia 23.
Por recomendações do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (CENAP/ICMBio), a equipe do Onçafari fez o resgate dos indivíduos após localizar os filhotes sozinhos na toca. Depois de resgatados, os animais foram encaminhados ao Zoológico de Brasília, instituição com estrutura e equipe adequadas para receber os filhotes. “Eu mapeei os locais nas redondezas e o mais próximo com condições de acolher os animais era o Zoo de Brasília. Fiz as recomendações iniciais para a equipe no campo e, paralelo a isso, fiz a ponte com a equipe do Zoo”, explica Rogério Cunha de Paula, analista ambiental do ICMBio.
Os animais viajaram de carro com três biólogos pesquisadores, que acompanharam o estado de saúde durante todo o trajeto. Ao chegarem no Zoológico de Brasília, a equipe técnica do Zoo realizou um exame clínico inicial para avaliar frequências cardíaca e respiratória, temperatura, nível de hidratação, coloração de mucosa oral e conjuntival, escore corporal e peso. Os animais vão passar por exames mais detalhados para diagnosticar possíveis infecções no sangue e parasitas nas fezes. Além disso, o Zoo de Brasília conta com um zootecnista responsável pelo setor de alimentação e nutrição animal, que formulará uma dieta adequada para cada um. Por enquanto, os filhotes vão receber todos os cuidados no Zoológico e, quando estiverem independentes, os órgãos de fiscalização ambiental vão definir o melhor destino para os animais.
Os filhotes contam com acompanhamento técnico em período integral no berçário do Zoológico de Brasília. Apesar de o parque estar fechado para visitação, o público pode acompanhar o desenvolvimento dos animais por meio das redes sociais do Zoológico de Brasília e do Onçafari.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
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