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ICMBio participa do evento Belém+30
Publicado em
10/08/2018 17h32
Congresso que se encerra hoje (10) discutiu os desafios para defesa da sociobiodiversidade no planeta.
Realizado, em Belém/Pará, entre os dias 7 e 10 de agosto, o XVI Congresso da Sociedade Internacional de Etnobiologia, também conhecido como Belém +30, foi organizado pela Sociedade Internacional de Etnobiologia. Aberto com uma vigorosa fala do Cacique Raoni em defesa dos territórios e saberes tradicionais, o evento se configura como um encontro mundial que busca agregar pesquisadores, gestores públicos e lideranças dos movimentos sociais em um amplo debate sobre a defesa da sociobiodiversidade no planeta. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiverdade (ICMBio) está participando do evento integrando oficinas, sessões temáticas e apresentação de trabalhos.
O evento tem como tema “Os direitos dos povos indígenas e populações tradicionais e o uso sustentável da biodiversidade três décadas após a Declaração de Belém”. Faz referência à carta elaborada no primeiro encontro, realizado também no Brasil em 1998, que deu origem à Sociedade Internacional de Etnobiologia – um documento pioneiro a destacar a conexão entre os povos tradicionais e a biodiversidade, reivindicando seus direitos sobre territórios, recursos naturais e conhecimentos ancestrais e que se tornou base para muitas políticas públicas.
O objetivo do congresso é refletir sobre os avanços nesse campo ao longo dos últimos trinta anos, focando nos desafios científicos, éticos, jurídicos e políticos relacionados à garantia dos direitos dos povos indígenas e populações tradicionais e o uso sustentável da biodiversidade.
Cerca de 3 mil pessoas estão participando do Belém+30, de mais 37 países. O congresso internacional ocorre conjuntamente com o XII Simpósio Brasileiro de Etnobiologia e Etnoecologia (XII SBEE) e a I Feira Mundial da Sociobiodiverdade. Além de gestores, o evento contou com a presença de diversas comunidades tradicionais residentes em unidades de conservação, que participaram da I Feira Mundial da Sociobiodiversidade apoiados pelo ICMBio, com a venda de produtos do extrativismo e também com manifestações culturais, como o tambor de Criola, apresentado pela comunidade da Resex Quilombo do Freixal.
A programação incluiu sessões, oficinas e outras atividades paralelas promovidas ou apoiadas pelo ICMBio. Além disso, 14 servidores do Instituto apresentaram trabalhos no evento relacionados às suas áreas de atuação. A participação foi muito abrangente, discutindo o saber tradicional relacionado a vários temas, como manejo do fogo, pesca e manejo de manguezais, unidades de conservação e sítios sagrados, alimentação e saberes tradicionais nas Resex, gestão de unidades de conservação e terras indígenas, entre outras. O monitoramento participativo da biodiversidade e os diálogos de experiências e sabedores na conservação da biodiversidade foram objeto de duas mesas.
Duas sessões tiveram particular destaque. Uma delas foi a homenagem ao servidor do ICMBio, Waldemar Vergara, falecido em janeiro deste ano, que reuniu lideranças extrativistas de várias Resex Marinhas que provavelmente não existiriam sem a atuação de Vergara. Outro destaque foi a primeira consulta sobre a Rede de Conhecimentos da Sociobiodiversidade.
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Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
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