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ICMBio participa de conferência do IBGE
Durante o evento, gestoras do Instituto Chico Mendes compartilharam dados sobre oceanos, malha territorial e cadastramento de famílias nas UCs
Brasília (09/12/2016) – Gestores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) participam, nesta semana, da 3ª Conferência Nacional de Produtores e Usuários de Informações Estatísticas, Geográficas e Ambientais (Infoplan), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de janeiro. O evento termina nesta sexta-feira (9).
O evento tem como objetivo avaliar a produção, a disseminação, a utilização e a integração de informações de natureza estatística e geocientífica. Além de gestores do ICMBio e IBGE, participam do evento evento técnicos e pesquisadores de outras instituições governamentais, institutos de pesquisa, organizações da sociedade civil, associações científicas e convidados internacionais.
A coordenadora-geral de Pesquisa e Monitoramento, Katia Torres, integrou a mesa que tratou de informações sobre oceanos, mares e áreas costeiras. A chefe da Divisão de Consolidação de Limites, Fabiana Hessel, apresentou a proposta de compartilhamento de dados para a construção de uma malha territorial oficial, incluindo os limites das unidades de conservação (UCs) federais. E a coordenadora de Políticas e Comunidades Tradicionais, Mara Nottingham, falou sobre o cadastramento e diagnóstico socioeconômico das famílias nas UCs de uso sustentável, feito pelo ICMBio, o SisFamílias.
Na sua intervenção, Katia Torres destacou a baixa disponibilidade de informações sobre o oceano, começando pela falta de representação na própria cartografia do país. “É fundamental avançarmos na recuperação da estatística pesqueira, mas incluindo as espécies ameaçadas pela pesca, não desembarcadas nos portos, e por outras atividades no mar, bem como fortalecer o monitoramento participativo nas unidades de conservação”, disse ela, ao destacar ainda o desafio de disponibilizar à ciência e à sociedade os dados e informações gerados no âmbito do licenciamento ambiental.
Já Fabiana Hessel disse que o ICMBio tem discutido uma cooperação com o IBGE para a ação de verificação de limites das unidades de conservação federais, a partir de uma metodologia de avaliação padronizada entre as instituições. A expectativa, segundo ela, “é refinar os limites das UCs para melhoria da representação espacial, possibilitando a adequação das estatísticas oficiais aos polígonos das áreas protegidas”.
Ao discorrer sobre o SisFamílias, Mara Nottingham informou que os dados do cadastramento poderão ser utilizados como lista prévia no aplicativo android utilizado nos censos agropecuário e demográfico para localizar as famílias nas unidades de conservação, garantindo assim que sejam contempladas no levantamento de dados estatísticos. “Esse trabalho é fundamental, pois, a partir dessa conferência, formaremos um grupo de trabalho com diversos órgãos para discutir a inclusão das populações tradicionais nas estatísticas oficiais, dando visibilidade a essas populações e à produção extrativista nas unidades de conservação”, citou Mara.
Comunicação ICMBio
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