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ICMBio mostra resultados em todas as áreas
Diretorias fizeram balanço de suas principais conquistas
Sandra Tavares
sandra.tavares@icmbio.gov.br
Brasília (18/07/2012) - Em apresentação feita pela diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade (Dibio), do Instituto Chico Mendes, no evento de comemoração dos 12 anos do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), o coordenador geral de Manejo para a Conservação, Ugo Vercillo, destacou dados importantes acerca da biodiversidade brasileira.
Segundo ele, o Brasil detém 13% biodiversidade global, sendo 134 mil espécies da fauna e 49 da flora. “O alto grau e endemismo e a complexidade de seus ecossistemas torna o Brasil o país com o maior número de espécies ameaçadas de extinção do mundo – são 472 de flora e 627 de fauna”, frisou Ugo.
Ainda segundo ele, cerca de 67% das espécies ameaçadas se encontram no bioma Mata Atlântica, sendo as aves as mais ameaçadas: 160 espécies ao todo. Cem por centro das UCs estão com pesquisa sendo realizadas em seus territórios, totalizando 67 mil registros de coleta e três mil relatórios de pesquisa cadastrados via SISBIO. "O Parque Nacional do Itatiaia é o campeão, a UC mais pesquisada", afirmou.
Ugo informou ainda que 58,8% das espécies ameaçadas se encontram protegidas nas Unidades de Conservação. Um exemplo é a Rebio Sooretama, que possui mais espécies ameaçadas protegidas. Outro dado relevante, ressaltou ele, é que 80% das UCs federais protegem espécies ameaçadas e que 90% das espécies ameaças do bioma Pantanal estão em Unidades de Conservação. Já os parques nacionais são a categoria que reúne 38% das ameaçadas.
“Avançamos não apenas abrindo as UCs para a pesquisa por parte do meio acadêmico, mas o ICMBio também está apoiando a pesquisa que vem sendo realizada pelo nosso corpo técnico de pesquisadores, totalizando mais de 140 pesquisas apoiadas pelo Instituto, sendo o Parna da Chapada Diamantina o campeão desse ranking”, destacou Vercillo.
Outra inovação foi a criação do Seminário de Pesquisa e Iniciação Científica do ICMBio, ocasião em que são reunidas inúmeras pesquisas realizadas nas unidades em evento específico. “Já chegamos ao números de 331 mil resumos de trabalhos científicos inscritos e contemplamos 95 bolsistas PIBIC nos últimos três anos. A revista Bio Brasil foi outro marco, já chegando à sua 4a edição”, comemorou o coordenador geral.
Ele citou ainda como conquista importante o Edital Caatinga, em que foi possível a destinação de recursos da compensação ambiental especificamente para a pesquisa de espécies ameaçadas no bioma.
No campo do licenciamento, a Dibio emitiu 719 autorizações em 2011, sendo 36,5% dos empreendimentos mais recorrentes no bioma Mata Atlântica, e a mineração a atividade campeã de impacto às unidades, sendo 73% delas afetadas por essa atividade.
O diretor da Diretoria de Ações Socioambientais (Disat), João Arnaldo, destacou o patamar de mais de 70% das unidades com conselhos criados e 10% em processo de criação. Nos últimos dois anos, 37 mil famílias já foram beneficiadas com Concessão de Direito Real de Uso (CCDRU).
A diretora de Planejamento, Silvana Canuto, celebrou o número expressivo de servidores capacitados pela Academia Nacional da Biodiversidade (Acadebio), com 7608 pessoas treinadas desde a criação da academia, em 2009.
Para Pedro Menezes, diretor da Diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conservação, o SNUC é o principal instrumento de macrozoneamento que o país dispõe.
Comunicação ICMBio
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