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ICMBio lança plano para conservar avifauna da Caatinga
O objetivo é atender 14 espécies ameaçadas de extinção no bioma
Aldo Vasconcelos
aldo.vasconcelos@icmbio.gov.br
Brasília (09/04/2012) - Elaborado por meio de uma oficina de planejamento participativo realizada em outubro de 2011, em João Pessoa (PB), o Plano de Ação Nacional (PAN) Aves da Caatinga, coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) através do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (CEMAVE/ICMBio), tem por objetivo atender 14 espécies de avifauna ameaçadas de extinção no bioma que se estende por quase todos os estados do Nordeste brasileiro, além do norte de Minas Gerais.
O PAN, desenvolvido em parceria com entidades como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF-MG) e universidades da região, constitui um marco na conservação das aves habitantes da Caatinga, que correspondem a 533 espécies – sendo 23 delas endêmicas – mas ainda são timidamente estudadas, apesar de o bioma ser apontado como uma das mais importantes áreas de endemismo da avifauna sul-americana.
De acordo com o coordenador do CEMAVE/ICMBio, João Luiz Nascimento, a matriz de planejamento do PAN traça cinco metas a serem atingidas até 2016. “Esses objetivos incluem a redução da captura e do tráfico do periquito-cara-suja (Pyrrhuragriseipectus), a diminuição das taxas de perdas de formação arbórea e de outras formações da Caatinga nas áreas importantes para a conservação das espécies-alvo, além da promoção da conectividade entre fragmentos remanescentes. Também contempla o cálculo estimativo do tamanho populacional das espécies e a manutenção ou aumento da área de ocupação delas e a redução da pressão de caça sobre a jacucaca (Penelopejacucaca) e o zabelê (Crypturellusnoctivaguszabele)”, explica João Luiz.
“No último dia 30 de março foi publicada no Diário Oficial da União a Portaria no 106 de 29 de março de 2012, que institui um Grupo Assessor para acompanhar a implementação e realizar a monitoria do PAN”, destaca João Luiz. O grupo é composto por 10 membros – entre representantes do ICMBio, universidades e ONGs – sob a coordenação do biólogo Antonio Eduardo Barbosa, analista ambiental do CEMAVE/ICMBio.
João Luiz ressalta ainda que as outras três espécies de aves ameaçadas na região – o soldadinho-do-Araripe (Antilophiabokermanni), a arara-azul-de-Lear (Anodorhychusleari) e a ararinha-azul (Cyanopsittaspixii) – já são contempladas por Planos de Ação específicos desenvolvidos pelo ICMbio.
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