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ICMBio lança guia para observação de aves no Parna de Brasília
Evento será na manhã deste domingo, Dia Mundial do Meio Ambiente, na Água Mineral
Brasília (03/06/2011) – O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) promove neste domingo (5), às 10h30, na piscina Pedreira (“velha”) do Parque Nacional de Brasília (Água Mineral), o lançamento do “Guia para Observação das Aves do Parque Nacional de Brasília”.
O guia é resultado do trabalho dos pesquisadores Aílton Oliveira, Mieko Ferreira Kanegae, Marina Faria do Amaral e Fernando de Lima Favaro, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave) e do parque, juntamente com Marcelo Pontes Monteiro, Nélio dos Santos e Paulo André Lima Borges, responsáveis pelo trabalho fotográfico.
O lançamento do “Guia para Observação das Aves” é parte das comemorações dos 50 anos do Parque Nacional de Brasília e do Dia Mundial do Meio Ambiente. O presidente do ICMBio, Rômulo Mello e os diretores de Biodiversidade, Marcelo Marcelino, e de Conservação e Proteção Integral, Ricardo Soavinski, estarão presentes, além de autoridades e convidados.
O parque foi criado em 29 de novembro de 1961, inicialmente com uma área de 30 mil hectares, com objetivo de proteger a flora e fauna da região do Cerrado. Hoje conta com área de 42 mil hectares, que abrigam uma grande diversidade de espécies da fauna.
LEVANTAMENTO – No levantamento registrado pelo guia constam, por exemplo, 312 espécies de aves, entre as 837 espécies conhecidas no cerrado, sendo que 30 dessas são endêmicas. Do total registrado pelo guia, sete – codorna-mineira, inhambu-carapé, chorozinho-de-bico-comprido, tapaculo-de-Brasília, topaculo-de-colarinho, águia-cinzenta e pavão-do-mato – são classificadas como ameaçadas de extinção, sendo que apenas as duas últimas não são endêmicas do parque.
Outras espécies endêmicas enfocadas no livro são papagaio-galego, andarilho, suiriri-da-chapada, pavão-do-mato, soldadinho, gralha-do-cerrado, bico-de-pimenta, azulão-do-cerrado, capacetinho-do-oco-do-pau, caboclinho-de-barriga-preta, mineirinho e pula-pula-de-sobrancelha.
Das espécies registradas no parque, 229 podem ser vistas no guia, que traz ainda informações a respeito da biologia, do comportamento, habitat, tamanho e peso das aves.
Segundo Ailton Oliveira, um dos autores, o guia representa “um importante instrumento para os observadores de aves que visitam o parque para fins de lazer (birdwatching), pesquisadores, turistas e interessados em conhecer as aves do parque e do cerrado”.
Com um pouco de sorte o visitante poderá avistar seriemas, perdizes, codornas, tucanos, papagaios ou até mesmo uma ema, além de gaviões como o cará-cará e urubus.
Mas o parque abriga também grande contingente de mamíferos, inclusive ameaçados de extinção como o veado campeiro, o logo-guará, o tamanduá bandeira e o tatu canastra, além de exemplares não ameaçados como a anta, o caitetu queixada, a capivara e outras espécies de tatus.
No cerrado estão registradas 212 espécies de mamíferos, 150 de anfíbios, 120 de répteis e 1.200 de peixes. Um estudo da fauna ictiológica do Parque Nacional de Brasília encontrou 28 espécies, sendo que dessas, 11 são novas para a ciência.
Ascom/ICMBio
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