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ICMBio lamenta morte de Adelmar Coimbra-Filho
Em nota, Instituto destaca a importância do legado do pesquisador que criou a primeira reserva biológica do País e é considerado o pai da primatologia brasileira
Brasília (28/06/2016) – O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) emitiu nesta terça (28) nota pública, lamentando o falecimento do pesquisador Adelmar Coimbra-Filho.
Segundo a nota, Coimbra é considerado o pai da primatologia brasileira e foi responsável pela criação da primeira reserva biológica (Rebio) do País, a Reserva Biológica Poço das Antas (RJ), para a conservação dos micos-leões-dourados.
Ainda segundo a nota, o pesquisador fundou o Centro de Primatologia do Rio de Janeiro, foi sócio fundador das Sociedades Brasileiras de Botânica, Zoologia e Primatologia e membro da Academia Brasileira de Ciências.
Publicou cerca de 200 artigos científicos e editou os dois volumes do livro “Ecology and Behavior of Neotropical Primates”, primeira e referencial síntese sobre a ecologia e comportamento de primatas das Américas, além de ter recebido importantes prêmios e honrarias pelo seu trabalho.
Adelmar Coimbra-Filho morreu ontem (segunda-feira, 27), aos 92 anos. Seu corpo foi sepultado nesta terça-feira (28), no Cemitério da Penitência, no Rio de Janeiro. Leia, a seguir, a nota do ICMBio na íntegra.
"É com enorme pesar que recebemos a notícia de falecimento do Dr. Adelmar Faria Coimbra-Filho, um dos principais expoentes da conservação da biodiversidade no Brasil. Nascido em Fortaleza (CE), desenvolveu sua carreira no Rio de Janeiro, onde se formou em História Natural, fez mestrado em Zoologia e exerceu diversos cargos públicos junto ao Estado desde 1947, mas deu contribuições para o desenvolvimento científico e para a proteção da natureza em todo o país.
Pioneiro na pesquisa e conservação dos micos-leões e seus hábitats, que começou a estudar na década de 1960, é considerado o pai da primatologia brasileira e foi protagonista na criação da primeira reserva biológica do país, a Rebio Poço das Antas (RJ), para a conservação dos micos-leões-dourados.
Fundou o Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (atualmente vinculado ao Inea/SEA/RJ), em 1979, que se tornou uma referência mundial no manejo em cativeiro de primatas, com relevantes contribuições para a pesquisa e reprodução de espécies ameaçadas de extinção.
Atuou como Consultor-Técnico da Delegação Brasileira do Ministério das Relações Exteriores na 1ª Convenção Internacional sobre o Comércio de Plantas e Animais Selvagens (CITES), em 1973. Foi sócio fundador das Sociedades Brasileiras de Botânica, Zoologia e Primatologia e membro da Academia Brasileira de Ciências.
Publicou cerca de 200 artigos científicos e editou os dois volumes do livro “Ecology and Behavior of Neotropical Primates”, primeira e referencial síntese sobre a ecologia e comportamento de primatas das Américas. Recebeu diversos prêmios e honrarias, entre elas a condecoração como Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico, concedido pela Presidência da República do Brasil em 1998.
Assim, lamentavelmente, o Brasil perdeu, ontem (27), um dos maiores pesquisadores de sua biodiversidade e um dos primordiais defensores de suas riquezas naturais".