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Instituto integra delegação brasileira na COP-11
Reunião na Índia discute metas de proteção da biodiversidade
Brasília (15/10/2012) – O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) integra a delegação brasileira que participa desde quinta-feira (11) da 11ª Conferência das Partes (COP-11) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) da ONU, em Hyderabad, na Índia. Na reunião, estão sendo discutidas estratégias para a conservação de ecossistemas e espécies de todo o mundo, como uma forma de reduzir o ritmo da perda de biodiversidade global.
A partir desta terça-feira (16), começa encontro do segmento ministerial de alto nível, organizado pelo país anfitrião, que segue até sexta-feira (19) e do qual participa a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Ela foi convidada pela ministra do Meio Ambiente e Florestas da Índia, Jayanthi Natarajan.
Os representantes dos 193 países partes da COP-11 acompanham os debates em 203 eventos paralelos. Entre os diversos temas, estão as dimensões sociais e culturais das áreas marinhas e costeiras protegidas; a agricultura moderna e a destruição da biodiversidade; e a gestão sustentável da biodiversidade costeira e marinha.
O coordenador-geral de Espécies Ameaçadas do ICMBio, Ugo Vercillo, representa o Instituto na delegação brasileira que, além da ministra e do secretário-executivo, Francisco Gaetani, conta com a participação, entre outros, do secretário de Biodiversidade e Florestas, Roberto Cavalcanti, e da diretora do Departamento de Áreas Protegidas, Ana Paula Prates, todos do Ministério do Meio Ambiente.
Recursos Insuficientes
Os representantes da CDB deverão adotar medidas para melhorar a eficácia da aplicação dos recursos financeiros destinados à conservação da biodiversidade. Dados oficiais dos organizadores da COP-11 mostram que o gasto global em relação aos objetivos traçados para a conservação da diversidade biológica está abaixo de 0,1% do produto interno bruto global acertado entre os países- partes. Eles identificaram que a implementação do Plano Estratégico para a Biodiversidade 2011-2020 exige, principalmente, o desenvolvimento de estratégias nacionais de mobilização de recursos para essa finalidade específica.
O plano estratégico estabeleceu, em 2010, no Japão, objetivos considerados ambiciosos para todos os países que integram a CDB, conhecidos como Metas de Biodiversidade de Aichi. As metas preveem até 2020 a proteção de, no mínimo, 17% de cada um dos biomas terrestres e de 10% das áreas marinhas. As partes avaliam agora o progresso obtido por cada país membro na implementação dessas metas e a necessidade de elas serem adaptadas para atender às realidades internas de cada país signatário da Convenção.
Os integrantes da Conferência das Partes tratarão, ainda, de outras questões específicas, como as formas de facilitar a troca contínua de melhores práticas e lições aprendidas com a preparação, atualização e revisão de estratégias nacionais de biodiversidade e dos planos de ação; formas de promover e facilitar as atividades destinadas à implementação do Plano Estratégico; a necessidade e a possibilidade de se desenvolver mecanismos adicionais para que os países partes cumpram seus compromissos no âmbito da Convenção e da implementação do Plano Estratégico para a Biodiversidade 2011-2020; e a colaboração destinada à Plataforma Intergovernamental de Ciência Política sobre Biodiversidade e Serviços do Ecossistema.
Dcom do ICMBio com informações da Ascom do MMA (Luciene de Assis)