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ICMBio, Ibama e PF combatem garimpo na Flona Crepori
Publicado em
17/05/2018 13h41
Ação acabou em aplicação de 34 autos de infração, que totalizaram R$ 49,4 milhões.
Os agentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ibama e Polícia Federal, com apoio da Polícia Militar do Pará e da Força Aérea Brasileira (FAB), realizaram a Operação Pajé Brabo, uma determinação do Ministério Público. O objetivo da ação, que aconteceu de 1 a 4 de maio, foi combater à exploração mineral ilegal no interior da Floresta Nacional do Crepori e da Terra Indígena Munduruku, ambas áreas situadas no município de Jacareacanga/PA.
Participaram da operação 50 agentes. Ao todo, em ambas áreas protegidas, foram aplicados 34 autos de infração, que totalizam R$ 49,4 milhões. Devido à inexistência de estradas na Unidade, a mesma só pode ser acessada por via aérea e fluvial. Desta forma, para melhor execução da operação foram utilizados 3 helicópteros do Ibama e 1 Black Hawk da FAB, que percorreram diariamente mais de 400 quilômetros para ter acesso ao local, sendo necessário um ponto de reabastecimento montado no interior da Flona do Jamanxim, Unidade localizada entre a sede de Novo Progresso e a Flona do Crepori.
Ao todo, foram inutilizadas 08 escavadeiras hidráulicas e um trator, sendo 06 delas no interior da Unidade, e uma área de 185,52 hectares foi embargada. A Floresta Nacional do Crepori possui 740.661 hectares e tem como objetivo básico promover o manejo de uso múltiplo sustentável dos recursos florestais, a manutenção e a proteção dos recursos hídricos e da biodiversidade, bem como o apoio ao desenvolvimento de métodos de exploração sustentável dos recursos naturais.
A exploração mineral ilegal, que aumenta desde o ano de 2013, impede que estes objetivos sejam alcançados e é apontada como principal responsável pelo desmatamento na Unidade, ressalta a analista ambiental da Flona, Mila Ferreira. Para sua execução, são utilizadas máquinas pesadas que custam uma média de R$500.000. "A utilização destes equipamentos, além de suprimir a vegetação, impacta os corpos hídricos e traz à superfície o mercúrio endógeno típico da região do Tapajós, disponibilizando-o para entrar na cadeia alimentar e contaminar os seres vivos locais, incluindo a população humana. Considerando a dificuldade de acesso, a necessidade de garantir a presença institucional na área e coibir outros crimes envolvidos com a garimpagem, operações conjuntas com outros órgãos devem ser frequentes na Flona do Crepori", ressalta.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
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