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APA fiscaliza pesca no Delta do Parnaíba
Operação busca garantir o cumprimento de acordo com pescadores, que prevê exclusão de alguns apetrechos e criação de berçário de peixes no estuário dos rios Timonha e Ubatuba
Brasília (31/03/2017) – A equipe da Área de Proteção Ambiental (APA) Delta do Parnaíba, gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), entre os estados do Piauí, Maranhão e Ceará, acaba de divulgar os resultados da operação de fiscalização de pesca no estuário dos rios Timonha e Ubatuba.
A operação, realizada no dia 20, durante o final da tarde e início da noite, teve o objetivo de garantir o cumprimento do acordo de pesca firmado pelos integrantes das colônias de pescadores de Barra Grande Z 6 (Cajueiro da Praia – PI), de Bitupitá Z 23 (Barroquinha - CE), e de Chaval Z 24 (Chaval - CE), que foi reconhecido pela portaria ICMBio nº 49/16.
No acordo está prevista a exclusão de apetrechos de pesca, como a “caçoeira” (rede de nylon à deriva), o espinhel e a construção de novos currais, em uma área que foi denominada “berçário”, que fica na barra dos rios Timonha e Ubatuba, na divisa entre os estados do Ceará e Piauí.
O objetivo da criação da área do “berçário” foi permitir que mais peixes entrassem no estuário para se reproduzirem, diminuindo a intensidade da pesca nos canais de entrada da barra do Timonha e, assim, aumentando a disponibilidade de peixes em toda região.
Para tanto, os pescadores aprovaram apenas o uso da pesca de linha, da tarrafa e dos currais que já existem, para que mais peixes tenham chances de terem os seus filhotes em meio aos manguezais.
Na operação, foram abordados dois pescadores, ambos utilizando espinhel – um com cerca de 170 metros e outro, um pouco maior, com cerca de 250 metros. Eles foram multados e tiveram seus apetrechos apreendidos.
“Ao fiscalizar o acordo de pesca, somamos parceiros que trabalharam na sua construção e assim aproximamos o ICMBio dos pescadores que pensam nas futuras gerações de filhos e netos e que dependem da pesca em seu dia a dia” ressaltou Patrícia Claro, analista ambiental da APA do Delta do Parnaíba.
Outra regra do acordo de pesca, refere-se ao zoneamento da pesca de facho, realizada à noite com um facho de luz e um puçá. As tainhas, atraídas pela luz, saltam sobre a canoa e são capturadas com o puçá. Entretanto, os pescadores que buscam outras espécies de peixes, queixam-se de que eles são afastados pela luz.
Desta forma, foram criadas zonas onde o facho é permitido e outras onde é proibido. Os locais permitidos estão nos rios Ubatuba (até o Porto do Iaiá), da Muriçoca, do Camelo e da Arraia. O facho está proibido nos rios Timonha, das Almas, das Cunhãs, da Chapada, Guabiruzinho e no rio Ubatuba (adiante do Porto do Iaiá).
“O ICMBio tem outras operações planejadas durante o ano e continuará fiscalizando o cumprimento do Acordo de Pesca do Timonha e Ubatuba, atendendo, assim, aos anseios das comunidades pesqueiras e favorecendo os estoques pesqueiros associados à conservação da biodiversidade estuarina” destaca o chefe da APA Delta do Parnaíba, Daniel Castro.
Comunicação ICMBio
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