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Projeto estuda peixe elétrico em unidades de conservação
Expedição a parque em Roraima grava descargas de 249 animais
Brasília (30/11/2012) – O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) acaba de promover expedição ao Parque Nacional Serra da Mocidade, em Roraima, dando sequência ao projeto Peixes elétricos em unidades de conservação. Durante os trabalhos, foram gravadas descargas de 249 peixes elétricos, que se somam a outras 191 registradas na expedição anterior, realizada em 2011.
Durante as atividades em campo, foram feitas coleta, gravação e análise das descargas elétricas dos peixes conhecidos como sarapós (Gymnotiformes), parentes do temido puraqué ( Electrophorus electricus ). Além de ampliar a base de dados, a pesquisa proporcionou uma análise mais qualificada da população local desses animais.
Ao longo dos últimos anos, esse grupo de peixes tornou-se modelo para estudos de biodiversidade em ambientes aquáticos na Amazônia e também para estudos filogeográficos (estudo dos processos históricos responsáveis pela distribuição geográfica de indivíduos na natureza), além de estar sendo testado como elemento central em pesquisas de biomonitoramento de qualidade de água.
Um aspecto interessante do projeto é o uso de um “detector de peixes elétricos”, que consiste em uma haste com um par de eletrodos conectados a um circuito eletrônico, que amplifica o sinal do peixe e o transmite em forma de som para um alto-falante, permitindo a sua localização exata, mesmo quando escondido no substrato ou enterrado na areia, comportamento comum nesse grupo.
Após serem coletados, os sarapós têm suas descargas elétricas gravadas, o que permite uma série de análises e comparações sobre as diferentes espécies encontradas, suas inter-relações e interações com outras espécies, além de possibilitar maior conhecimento sobre os ambientes aquáticos do Parque Nacional Serra da Mocidade, visando seu monitoramento e conservação.
Comunicação ICMBio
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