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ICMBio estuda ordenamento de atrativo na Chapada Diamantina
Chapada Diamantina tem sua história contada por trilhas do Vale do Pati
(Brasília 29/01/2014) – O Parque Nacional da Chapada Diamantina (BA) e a Coordenação de Diagnóstico e Ordenamento da Visitação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Codiv/ICMBio) realizaram em dezembro trabalho conjunto de mapeamento das necessidades para o ordenamento da Travessia do Vale do Pati, considerada pelo Ministério do Turismo como o principal destino de trekking do país.
Analistas ambientais do ICMBio e representantes da Associação de Condutores de Visitantes do Vale do Capão e da Associação de Condutores de Visitantes de Lençóis percorreram trilhas e rotas do Vale do Pati, identificando os principais aspectos relacionados às condições ambientais da trilha e à qualidade da experiência do visitante. O trabalho é parte do projeto "Implementação dos primeiros atrativos para visitação pública do Parque Nacional da Chapada Diamantina", financiado com recursos do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e da Diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conservação (Diman/ICMBio), por meio de edital realizado pela Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade (Dibio/ICMBio).
O Vale do Pati, um dos recantos mais belos da Serra Sincorá, onde em 1985 o Parque Nacional da Chapada Diamantina foi demarcado, revela a natureza mais exuberante da formação geológica. Vencedor do prêmio de melhor roteiro do país, realizado pelo Ministério do Turismo, o Pati é um dos raros destinos que parecem remotos e inexplorados. Em suas trilhas, que podem levar até oito horas de caminhada, o visual é compensador, retribui o cansaço resultante do longo caminho percorrido. As subidas suaves parecem planas diante de trechos íngremes, com altitudes entre 400 e mil metros acima do nível do mar. Os poucos moradores da região acolhem os turistas que se aventuram pelo vale. A recepção é calorosa, com comida farta e fresca.
Na Chapada Diamantina ainda são visíveis os traços do garimpo – motivo da ocupação do local a partir do século XVIII e que lhe rendeu esse nome. Já no Vale do Pati, os garimpeiros nunca encontraram pedras preciosas. Por ter solos mais profundos e férteis, o vale começou a produzir café, arroz, milho e outros produtos para os vizinhos. Quando as lavras decaíram, o Pati ainda se sustentou por um tempo produzindo café, mas, aos poucos, se esvaziou. Ficaram menos de dez famílias para contar a história. Hoje, seis casas recebem turistas, desta forma não há necessidade de acampar. Com o Morro do Castelo sempre à vista, a caminhada é feita entre bromélias e orquídeas, cruzando rios de pedra em pedra para alcançar oásis de árvores altas e cachoeiras. Lençóis é a melhor base da região e oferece fácil acesso a passeios mais curtos para grutas e cachoeiras.
Comunicação ICMBio (61) 3341-9291 – com informações do O Globo