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ICMBio e FAB combatem incêndios no sul do Pará
Publicado em
19/09/2018 13h48
Atualizado em
19/09/2018 14h02
Combate a incêndios na Amazônia ganha agilidade com apoio das aeronaves da Força Aérea Brasileira.
Bruno Bimbato
Bruno.bimbato@icmbio.gov.br
Durante o período da seca, que costuma durar entre julho e outubro, as unidades de conservação estão mais vulneráveis a incêndios. Diante disto, o ICMBio tem brigadistas que trabalham arduamente para prevenir e combater o fogo.
Durante o período da seca, que costuma durar entre julho e outubro, as unidades de conservação estão mais vulneráveis a incêndios. Diante disto, o ICMBio tem brigadistas que trabalham arduamente para prevenir e combater o fogo.
Mas em algumas unidades, como na Amazônia e ao longo da BR-163 no sul do Pará, esse combate pode ser muito difícil, pois a logística e a distância dificultam muito o trabalho dos brigadistas. Para tentar superar esse desafio, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) estreitou laços com a Força Aérea Brasileira (FAB) por meio de um Termo de Execução Descentralizada (TED) assinado em julho, com o objetivo de garantir missões de apoio aéreo e logístico no combate a incêndios em unidades de conservação federais.
As unidades de conservação ao longo dessa rodovia abrigam uma rica biodiversidade e são ameaçadas com a grilagem de terras públicas, e desmatamento e por uso indiscriminado de fogo, que podem se tornar grandes incêndios florestais se não controlados rapidamente.
O mês de setembro concentra a maior parte dos incêndios do sul do Pará. Só este mês, mais de 1.000 incêndios foram detectados na região, dessa forma, o combate a incêndios se torna peça chave na proteção do patrimônio natural e ajuda a frear as ações de queimadas irregulares e impedir a grilagem de terras nessa área.
“Esse apoio da FAB é fundamental para monitorar toda a área, em tempo real, qualificando os incêndios e sua propagação e para agilizar o transporte de brigadistas, reduzindo o tempo de deslocamento, a fadiga e possibilitando atender áreas remotas sem acesso terrestre.” Disse o Coordenador de Prevenção e Combate a Incêndios do ICMBio, Christian Berlinck.
A primeira ação conjunta com a FAB por meio desse TED começou no dia 10 de setembro, durante o combate a incêndios na Reserva Biológica (Rebio) Nascentes da Serra do Cachimbo, situada no eixo da BR-163, em uma zona de transição entre os biomas Cerrado e Amazônia, com vegetação e solo sensível ao fogo e fauna ainda pouco estudada.
Para essa missão, os brigadistas do ICMBio estão alojados no Campo de Provas Brigadeiro Velloso, base aérea da FAB localizada perto da unidade, onde decola o helicóptero UH-60 “Black Hawk” e o Cessna 208 “Caravan”, com capacidade operacional superior a muitas aeronaves civis, o que facilita o deslocamento da brigada até o local de combate.
O vice-diretor do Campo de Provas Brigadeiro Velloso, tenente-coronel Dall’Agnol, diz que “ver o ICMBio combatendo incêndio foi muito gratificante". "Somamos a FAB com apoio aéreo e estrutura, e vocês com o conhecimento e capacidade de missão; tudo isso em uma sinergia para esse combate, que nessa área é frequente. Me senti seguro, por ver a profissionalidade da equipe do ICMBio, que sabem muito bem o que fazem”, ressalta.
Ainda segundo o tenente-coronel, receber os brigadistas é tamanha felicidade, "porque só quem vive nessa região sabe que essa sinergia das instituições públicas nos mostra que podemos alcançar excelentes resultados".
TERMO DE EXECUÇÃO DESCENTRALIZADA
O TED prevê a realização de missões aéreas indenizáveis à FAB de acordo com as demandas necessárias do ICMBio. É um instrumento utilizado para ajustar a descentralização de crédito entre os órgãos ou entidades que integram o orçamento fiscal e a Seguridade Social da União.
O instrumento é fundamental para dar mais força, capilaridade, alcance e agilidade ao trabalho desenvolvido pelo ICMBio no combate a incêndios. No valor de R$ 2 milhões, o TED tem validade até 31 de dezembro de 2018, podendo ter aditivos caso haja novos incêndios em todas as Unidades de Conservação Federais, além de ações de fiscalização, que necessitem de apoio aéreo da FAB.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Agência Nacional de Água (ANA) já firmaram essa parceria e começaram a voar com a FAB no primeiro semestre deste ano.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
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