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Sai balanço de fiscalização na Baía de Guanabara
Em 2016, APA de Guapi-Mirim e Esec da Guanabara fizeram 144 operações contra crimes como desmate de mangue, captura de caranguejo no defeso, pesca ilegal e pássaros em cativeiro
Brasília (26/01/2017) – O Núcleo de Logística e Proteção (Nulop) da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapi-Mirim e Estação Ecológica (Esec) da Guanabara, no Rio de Janeiro, realizou, no ano de 2016, 144 ações de fiscalização nos trechos da Baía de Guanabara sob sua jurisdição, assim como em áreas adjacentes e zonas de amortecimento, por vias terrestres e aquáticas. Algumas operações ocorreram com o apoio das secretarias do Meio Ambiente dos municípios de Magé e Guapimirim. O balanço foi divulgado nesta quinta-feira (26). As duas unidades são administradas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Por terra, foram realizadas 43 ações de fiscalização em locais como Magé, Itambi, São Gonçalo, Remanso, Barbuda e Várzea Alegre, entre outros. Diversas infrações foram flagradas pelos servidores das unidades de conservação (UCs), como desmatamento de mangue, pássaros silvestres em situação de cativeiro, comércio, transporte, beneficiamento e pesca de caranguejo-uçá em período de defeso.
De acordo com o balanço, mais de 250 aves silvestres foram apreendidas no ano passado. O coleiro-papa-capim foi a ave mais recuperada, passando de 150 animais dentre as recolhidas pela equipe de busca e apreensão. Materiais como alçapões, gaiolas e gaiolões também entraram para as estatísticas dos relatórios.
Vias aquáticas
Já por vias aquáticas, foram realizadas operações nos rios Guapi-Macacu, Guaraí-Mirim, Guaraí-Grande, Caceribu, na área marinha da APA Guapi-Mirim e zona de amortecimento da Esec Guanabara. Infrações como pesca predatória com redes de espera, captura de peixe robalo abaixo do tamanho permitido e o uso de tarrafas em locais proibidos entraram para os autos de fiscalização. Foram apreendidos ainda cerca de 60 quilos de camarão verdadeiro e mais de 70 sacos de caranguejo-uçá, além de tarrafas e redes de arrasto com portas.
Ainda conforme o balanço do Nulop, em todo o ano de 2016 houve um grande afluxo de barcos de arrasto no período do camarão dentro da Baía de Guanabara. Essa modalidade de pesca é terminantemente proibida dentro da APA. O combate exigiu grande esforço de fiscalização dos servidores da APA e Esec, que contaram, inclusive, com apoio da Polícia Militar em algumas operações. Dez autos de infração foram emitidos apenas para barcos praticando arrasto ilegal na área das UCs.
Com relação às apreensões de animais, os servidores explicaram que, após o resgate, todos os bichos são levados à sede das unidades de conservação, onde recebem tratamento adequado e são soltos em seu habitat natural. Os crustáceos são limpos e pesados, antes de retornarem à natureza. Segundo os agentes de fiscalização, em apenas um final de semana durante o defeso (período de proibição de captura) mais de dois mil caranguejos-uçás foram apreendidos e soltos novamente em seu habitat. Os materiais recolhidos recebem um lacre e ficam sob custódia da APA de Guapi-Mirim e Eesc da Guanabara.
Os servidores fizeram questão de destacar que todas essas ações fazem parte da rotina de trabalho das UCs. Algumas saídas não resultam em apreensões ou sinalizações de irregularidades, mas todas são registradas em relatório. Eles lembraram ainda que grande parte da mobilização fiscalizatória vem de denúncias da população que habita o entorno da APA e Esec. Para os servidores, isso mostra uma maior consciência da comunidade com relação à importância da preservação para a manutenção das espécies, resultado em parte das campanhas, cursos e palestras desenvolvidas pelas próprias unidades de conservação.
Comunicação ICMBio -
(61) 2029-9280 - com informações de Rafaella Barreto (estagiária) e Juliana Fukuda, analista ambiental do NGI APA Guapimirim/Esec Guanabara