Notícias
ICMBio discute nesta quinta trilhas de longo percurso
Tema será abordado, a partir das 15h, no auditório do Instituto, em Brasíla, dentro do projeto “Quintas da boa prosa”, que promove regularmente debates sobre questões ambientais. Entrada é franca. Compareça!
Brasília (04/10/2017) – A ideia da criação do sistema nacional de trilhas de longo percurso ganha cada vez mais adeptos no País. O tema será enfocado nesta quinta-feira (5), a partir das 15h, no auditório do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Brasília, dentro do projeto “Quintas da Boa Prosa”, que promove regularmente debates sobre assuntos de interesse ambiental. O evento é aberto a todos. A sede do Instituto fica no Setor Sudoeste (EQSW 103/104).
Além de oferecer lazer na natureza, as trilhas contribuem para aproximar as pessoas das unidades de conservação (UCs). São, também, espaços privilegiados para a educação ambiental. Proporcionam não só o aprendizado, mas a conscientização sobre a importância de se ter um meio ambiente equilibrado e saudável.
O coordenador-geral de Uso Público e Negócios (CGUP) do ICMBio, Pedro Menezes, ressalta que, para se tornar realidade, o sistema nacional de trilhas de longo percurso deveria aproveitar os trechos já estruturados em vários pontos do País e, fundamentalmente, contar com o apoio dos diversos setores da sociedade – governo (município, estado, União), ONGs, empresas privadas e o cidadão, por meio da participação voluntária, como já ocorre em várias UCs administradas pelo ICMBio.
Segundo a CGUP, o sistema poderia ter quatro eixos: o Caminho de Cora Coralina ou Trilha Missão Cruls, ligando a Chapada dos Veadeiros ao município de Goiás Velho, caminhada de aproximadamente 500 quilômetros, que já está sendo implementada em conjunto com o governo estadual; a Travessia Peabiru (nome provisório), que conectaria o Parque Nacional do Iguaçu ao litoral paranaense. Essa iniciativa, também, está em andamento no entorno da unidade de conservação.
E mais: a Trilha da Estrada Real, bastante conhecida por boa parte dos brasileiros, que poderia ter um caminho paralelo à rodovia para ser percorrido a pé, num projeto que precisaria ser discutido com o Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais; e, por último, a mais ousada das iniciativas, a Trilha Oiapoque-Chuí, que pretende unir o país de Norte a Sul, de um extremo ao outro, com a conexão de várias trilhas regionais. Vale destacar que, num projeto dessa dimensão, caberia ao ICMBio apenas a tarefa de implementar os trajetos dentro das UCs federais.
Oficina
No final do mês passado, o ICMBio, por meio Coordenação Geral de Uso Público e Negócios (CGUP), promoveu oficina de sinalização e manejo de trilhas, na Floresta Nacional (Flona) de São Francisco de Paula (RS). O treinamento serviu para capacitar gestores e voluntários da região no trabalho de estruturação do Caminho das Araucárias, que sairá da Floresta Nacional de Canela (RS), seguirá pela Flona de São Francisco de Paula em direção ao norte, até o Parque Nacional de São Joaquim (SC), passando pelos parques nacionais gaúchos de Aparados da Serra e da Serra Geral.
O trecho de dez quilômetros dentro da Flona é o primeiro do Caminho das Araucárias implementado e sinalizado de acordo com o padrão que deve orientar as travessias no Brasil, a pegada amarela sobre uma base preta, ou vice-versa, neste caso para indicar o sentido oposto. O modelo já foi implantado pelo ICMBio, parceiros e voluntários na Trilha Transcarioca e no Caminhos da Serra do Mar, no estado do Rio de Janeiro; na Trilha Chico Mendes, na Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre; e na Floresta Nacional de Brasília, no Distrito Federal.
“Essa é uma articulação de vários setores governamentais ou não, que inclui desde os usuários até as universidades da região. Um projeto desta magnitude só se concretiza com a participação de todos setores-atores envolvidos desde sua concepção”, afirmou Edenice Brandão, chefe da Flona de São Fracisco de Paula.
Segundo ela, a travessia, que tem como paisagem exuberantes florestas de araucárias, deve se espalhar por outras outras direções. “Existem outros caminhos históricos na região que estão sendo resgatados e serão incluídos, na medida do possível, no projeto Caminho das Araucárias”.
Comunicação ICMBio -
(61) 2028-9280 - com informações de O ECO