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ICMBio combate incêndio na Serra da Canastra
Publicado em
23/08/2018 17h58
Atualizado em
23/08/2018 20h55
Iniciado na terça-feira (21), o fogo atingiu, aproximadamente, 8.000 hectares.
Um incêndio, que começou na última terça-feira (21), vem atingindo áreas do Parque Nacional da Serra da Canastra (MG). Iniciado na estrada principal do Chapadão da Canastra, entre as Portarias de São João Batista da Serra da Canastra e Sacramento, o fogo se alastrou rapidamente devido às condições climatológicas (baixa umidade relativa do ar e vento), não sendo possível o controle imediato. De acordo com as últimas informações atualizadas, o fogo há atingiu uma área de aproximada de 8.000 hectares. O Parque fechou as portarias 1, 2 e 3, porque há risco para os visitantes. Apenas a portaria 4, da Cachoeira Casca Danta, está aberta.
Foram acionados reforços do Prevfogo do IBAMA, e atualmente a equipe do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) conta com o auxílio do Corpo de Bombeiros de Uberaba, Grupo Ambientalista do Torto (GAT-Brasília) e brigadistas do Parque Nacional da Brasília. Além disso, um helicóptero do governo estadual foi cedido para apoiar o combate. Neste momento, há 25 pessoas trabalhando para combater o incêndio. Brigadistas de outras unidades de conservação também poderão ser acionados. Ao todo, o ICMBio tem 1.180 brigadistas contratados e treinados.
A linha de incêndio ainda é bem grande, ao final do dia a equipe avaliará se será necessário solicitar apoio de mais pessoas para debelar as chamas. Segundo o coordenador de Prevenção e Combate a Incêndios do ICMBio, Christian Berlinck, “o que tem atrapalhado os trabalhos de combate é o vento, que estava muito forte durante a noite de ontem e a manhã de hoje”. Ainda de acordo com o coordenador, as chamas que atingem a região do Zagaia, onde os brigadistas estão trabalhando desde o início da manhã, é a mais complexa e ativa dentro do parque.
Campanha
Ontem (22), o Ministério do Meio Ambiente, o ICMBio e o IBAMA lançaram uma
campanha de utilidade pública
contra as queimadas. A baixa umidade e o tempo seco, que assolam boa parte do território brasileiro neste período do ano, podem causar muitos incêndios, devastações ambientais irreparáveis e até mortes. O perigo aumenta potencialmente, pois é justamente nessa época que alguns produtores rurais se utilizam de queimadas irregulares para limpar o campo e preparar o terreno para novas culturas.
Ações para combater os incêndios
O ICMBio se prepara com ações preventivas nas unidades de conservação para combater os incêndios. A principal delas é a implementação do Manejo Integrado do Fogo (MIF), que é composto por um conjunto de técnicas que visa mudar o uso e a concepção do fogo, tratando-o como um aliado e não somente como um vilão. Uma das técnicas do MIF são as queimas prescritas. Elas visam diminuir a quantidade de combustível, que é o material orgânico que pode alimentar os incêndios, formando mosaicos no território e evitando que grandes porções de vegetação sejam consumidas de uma vez só em grandes eventos.
Outra ação adotada pelo ICMBio é a capacitação dos gerentes e especialistas do fogo de unidades, realizando, por exemplo, curso de formação em Sistema de Comandos de Incidentes (SCI), uma forma de organizar a ação em eventos emergenciais e na organização cotidiana. No final de maio foi sancionada a Lei, que define novas regras de compensação ambiental e permite aumentar o prazo para a contratação de brigadistas. Assim, o ICMBio pôde aumentar o tempo e o escopo das atividades dos brigadistas. Antes da Lei, os brigadistas só podiam ser contratados por seis meses. Entretanto, se o fogo se estendesse fora do tempo de contrato, as unidades poderiam ficar sem esquadrões de brigadas e vulneráveis a incêndios de grandes proporções. Agora, a possibilidade de contratação passa de 6 meses para 2 anos, prorrogável por mais um ano.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
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