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ICMBio apresenta nesta quarta dois planos de conservação
O de Cavernas, às 14h30, em Brasília, e o de Cervídeos, em Corumbá (MS)
Brasília (26/06/2012) - O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) apresenta nesta quarta-feira (27) dois planos de Ação Nacional de Conservação (PAN): um para os cervídeos (veados) e outro para o patrimônio espeleológico (cavernas). A apresentação do PAN dos Cervídeos, já em formato de livro, será no Congresso Brasileiro de Mastozoologia, em Corumbá (MS), enquanto a do PAN das Cavernas será em Brasília (DF), em reunião no auditório do ICMBio, a partir das 14h30.
Os PANs são um conjunto de medidas, articuladas e programadas para serem cumpridas por vários setores sociedade, com o objetivo de salvar ou proteger determinada espécie da fauna ou flora ou um ambiente de relevante interesse ecológico.
O PAN dos Cervídeos Ameaçados de Extinção foi coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap) e pelo Núcleo de Pesquisa e Conservação de Cervídeos da Universidade Estadual Paulista (Nupecce) e foca suas 67 ações em quatro espécies neotropicais com situação de conservação preocupante, como o cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus) e o veado-de-mão-curta (Mazama nana), além de beneficiar outras quatro espécies, definindo prioridades e direcionando os esforços de preservação.
Cecav
Já o Plano de Ação Nacional para a Conservação do Patrimônio Espeleológico nas Áreas Cársticas da Bacia do Rio São Francisco - PAN Cavernas do São Francisco - foi produzido pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (Cecav). A reunião de apresentação do plano será aberta ao público e contará com representantes de diversas instituições e da sociedade civil. Áreas cársticas são relevos caracterizados pela corrosão de rochas calcáreas que, em alguns casos, leva à formação de cavernas, vales, paredões, rios subterrâneos, entre outros.
Essa é a primeira de uma série de quatro reuniões de apresentação do PAN das Cavernas. O objetivo é reafirmar os compromissos para a execução das ações, buscando sensibilizar os tomadores de decisão. As próximas reuniões irão ocorrer em Belo Horizonte, no dia 14 de agosto; em Salvador, no dia 16 de agosto; e em Aracaju, no dia 30 de agosto. O plano também será apresentado durante o 6º Encontro Mineiro de Espeleologia, em Belo Horizonte, no dia 19 de julho.
O PAN das Cavernas tem por objetivo garantir a conservação do patrimônio espeleológico brasileiro por meio do conhecimento, promoção do uso sustentável e redução dos impactos antrópicos (do homem), prioritariamente nas áreas cársticas da Bacia do Rio São Francisco, nos próximos cinco anos. A proposta é assegurar a sua conservação desenvolvendo mecanismos de proteção e controle voltados ao uso sustentável das cavidades naturais subterrâneas, seguindo as diretrizes do Programa Nacional de Conservação do Patrimônio Espeleológico, instituído em 2009 pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).
A elaboração do PAN Cavernas do São Francisco envolveu a realização de quatro oficinas preparatórias, sob a coordenação do Cecav/ICMBio. Participaram 130 representantes de 70 instituições, dos segmentos de governo (federal, estadual e municipal), não governamental, universidades e setor produtivo, sediados na área da Bacia, além de uma oficina final para validação dos resultados. Para acessar o PAN Cavernas do São Francisco, clique aqui.
Sobre a Bacia do Rio São Francisco
A Bacia do Rio São Francisco é fundamental pelo volume de água transportada para o Semiárido e compreende 521 municípios de seis estados: Alagoas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco e Sergipe. Sua área compreende 57,18% do Cerrado, 39,55% da Caatinga e 3,28% da Mata Atlântica. O número significativo de cavidades naturais subterrâneas favorecem a preservação de vestígios arqueológicos e paleontológicos, riquezas minerais e hídricas, aspectos históricos, pré-históricos e culturais e diversidade da fauna e flora. Nessa região também ocorrem várias espécies da fauna com adaptações para a vida subterrânea. Dessas, segundo o Livro Vermelho, 11 são consideradas ameaçadas, sendo 3 na categoria de Criticamente em Perigo (CR) e 8 na categoria Vulnerável (VU).
Cavernas em Unidades de Conservação
Dentre as 312 unidades de conservação federais, dez foram especialmente criadas para proteger o Patrimônio Espeleológico brasileiro: os parques nacionais Furna Feia (RN), de Ubajara (CE), da Serra da Bodoquena (MS), da Serra do Cipó e Cavernas do Peruaçu (MG); e as áreas de proteção ambiental da Chapada do Araripe (CE), das Nascentes do Rio Vermelho (GO), Cavernas do Peruaçu, Carste Lagoa Santa e Morro da Pedreira (MG). Na área do PAN Cavernas do São Francisco existem 4.317 cavidades naturais subterrâneas. Dessas, 1.542 estão localizadas dentro de 51 áreas protegidas, sendo 429 em 28 áreas de proteção integral, 1.111 em 22 áreas de uso sustentável e 2 em uma terra indígena.
Comunicação ICMBio
(61) 3341-9280