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ICMBio apreende 637 cabeças de palmito em Santa Catarina
A operação contou com servidores do ICMBio e policiais militares
Brasília (09/10/2012) – A equipe de fiscalização do Parque Nacional da Serra do Itajaí, em Santa Catarina apreendeu na quarta-feira (03), 637 cabeças de palmito-juçara ( Euterpe edulis ). Seis pessoas foram presas e o flagrante ocorreu em uma propriedade ainda não indenizada na localidade de Encano Alto, no município de Indaial, no médio Vale do Rio Itajaí.
A operação contou com cinco servidores do ICMBio e dois policiais do 10º Batalhão de Polícia Militar, após intenso planejamento utilizando mapas, rotas gravadas em GPS e informações de campo para facilitar a abordagem durante o transporte ou a extração do palmito.
Os fiscais e os agentes da polícia encontraram os infratores em um acampamento montado às margens de um ribeirão no meio da floresta. Além dos palmitos, foram apreendidos nove facões, dois machados, utensílios de cozinha e grande quantidade de mantimentos, indicando que a extração ilegal se prolongaria por mais tempo.
Segundo o Analista Ambiental do ICMBio, Juares Andreiv, responsável pela autuação dos infratores, os danos causados ao parque são de grande proporção. “Árvores consideradas em extinção e de grande importância ecológica à Mata Atlântica foram suprimidas, ainda tendo como agravante a abertura de trilhas e a degradação causada pelo acampamento em si”, finalizou Juarez.
Os infratores alegaram morar na Reserva Indígena Duque de Caxias (que abriga etnias Kaigang, Xokleng, Guarani e uma comunidade de cafuzos). A reserva ocupa terras do município de José Boiteux, situada a mais de 100 quilômetros do local. Eles foram encaminhados para a Delegacia da Polícia Federal em Itajaí e declararam desconhecer a ilegalidade da extração, negando indicar quem os teria contratado, revelando apenas que ganhariam R$1,50 por cabeça de palmito cortado.
O delegado de plantão Anníbal W. do Nascimento Gaya lavrou a prisão em flagrante por dois crimes tipificados na legislação ambiental: causar danos à unidade de conservação e penetrar no parque com petrechos próprios para a exploração florestal. Todos foram conduzidos ao presídio de Indaial. Segundo o delegado, os próximos passos da investigação incluem a identificação dos contratantes e daquelas pessoas físicas ou jurídicas que comercializariam o palmito em conserva.
Comunicação ICMBio
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