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ICMBio apreende 24 toneladas de pescado ilegal
Operação ocorreu na Rebio Abufari, no Amazonas
Dandara Santos
dandara.silva@icmbio.gov.br
Brasília (18/12/2012) – Fiscais da Reserva Biológica (Rebio) do Abufari, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no Amazonas, apreenderam 24 toneladas de peixes, secos e salgados. O material estava escondido sob sacos de pescado congelado, também adquirido ilegalmente, na parte inferior do barco-frigorífico Comandante Patrick II. Essa técnica de transporte de produtos irregulares pelo rio Purus, que corta a reserva, é muito usada para driblar a fiscalização.
O material seria levado para Tabatinga (AM) e, de lá, exportado para a Colômbia, segundo o comandante da embarcação. Ele foi autuado em flagrante pelo transporte de peixes abaixo do tamanho mínimo permitido e multado em R$ 1 milhão. O pescado apreendido foi entregue a entidades beneficentes vinculadas ao Fome Zero e distribuído em praça pública para os moradores do município de Tapauá, onde a Rebio está localziada.
Barreira
Cortada pelo rio Purus, hidrovia importante no escoamento da produção regional para a capital do estado, já que não existem rodovias ligando as cidades do Alto e Médio Purus a Manaus, a Rebio do Abufari, além de proteger rica biodiversidade e ser um bercário de tartarugas da Amazônia, funciona como uma barreira natural ao transporte de produtos ilegais.
As apreensões de grandes cargas têm sido frequentes na área em torno da reserva. A vistoria das embarcações é realizada em uma base avançada, instalada no interior da unidade de conservação. Servidores do Instituto Chico Mendes se revezam diariamente, durante todo o ano, nas ações de fiscalização, apoiados, eventualmente, pela Polícia Militar, Polícia Ambiental e pelo Ibama.
Além da carência de pessoal, o trabalho é dificultado pelas condições precárias de armazenagem das cargas. Na maioria das vezes, elas ultrapassam os limites estabelecidos pela Capitania dos Portos ou são guardadas de forma que se tornam inacessíveis aos fiscais.
Comunicação ICMBio
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