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Fogo olímpico na Chapada dos Guimarães
Na quinta-feira (30), o símbolo dos Jogos Rio 2016 passará num dos mais belos cenários naturais do mundo, o Parque Nacional do Iguaçu, que abriga as Cataratas
Brasília (27/06/2016) – A Tocha Olímpica passou pelo
Parque Nacional da Chapada dos Guimarães
, no Mato Grosso. O revezamento, realizado na tarde da sexta-feira (24) fez parte de operação especial que incluiu a Transpantaneira, em Poconé, e Bom Jardim, distrito de Nobres.
O fogo olímpico chegou de helicóptero ao parque as 14h40 e seguiu para a cachoeira Véu de Noiva, um dos principais atrativos da unidade de conservação gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A queda tem 86 metros de altura e suas águas se debruçam sobre um vale profundo e verde, cercado por um paredão de arenito.
No local, a tocha foi recebida por alunos de escolas e de moradores do município de Chapada dos Guimarães, além de pessoas que vieram de outras cidades para acompanhar o evento. Eles demonstravam alegria e orgulho pelo fato do parque, que é um patrimônio de todos, ter sido escolhido para compor o trajeto do símbolo dos Jogos Olímpicos Rio 2016.
Cantora exalta a Chapada
A primeira pessoa a conduzir a tocha no Véu de Noiva foi a cantora Tetê Espindola. Tetê é uma das artistas que fizeram parte do movimento de criação da unidade de conservação nos anos 1980. "É um lugar que me inspira e que quero que continue assim, reservado, preservado, lindo, para minha inspiração e para o bem do planeta", destacou. O lugar foi eternizado em uma música composta por ela e por Carlos Rennó, chamada Chuvisco na Chapada.
Na sequência, Têtê repassou a tocha ao fotógrafo Izan Petterle. Os dois são amigos, o que fez Izan se lembrar do dia em que estavam juntos na Cidade de Pedra – o outro atrativo deslumbrante do parque por onde a tocha também passou. Tetê começou a cantar e um grupo de araras que moram nos paredões da Chapada sobrevoou a cantora, que desenvolveu um trabalho em que imita o som dos pássaros.
Fotógrafo da National Geografic desde 2000, o gaúcho trabalha em São Paulo e mora na Chapada. Veterinário de formação, tornou-se fotógrafo profissional em 1998. Explora e documenta aspectos da cultura e da geografia da América Latina e, nos últimos anos, começou a fotografar com um aparelho de celular. A forma, apesar de restritiva, o permitiu assumir um novo olhar da fotografia e permitir trabalhar em meio à invisibilidade. "Na verdade eu não fotografo a Chapada. Eu fotografo a minha viagem aqui, as minhas experiências oníricas e metafísicas."
Gestores e servidores do parque
Após o revezamento no Véu de Noiva, a tocha seguiu para o Morro de São Jerônimo e Cidade de Pedras.
Afora estudantes, moradores e pessoas de cidades vizinhas, o desfile da tocha foi acompanhado por servidores do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães e da Coordenação Regional 10 (CR 10), do ICMBio.
“A passagem da tocha pelo Parque Nacional da Chapada dos Guimarães mostra a importância da unidade no Estado de Mato Grosso. O parque, junto com o Pantanal Matogrossense e o distrito de Bom Jardim, está na rota do ecoturismo estadual, atraindo a cada ano mais visitantes” , disse a chefe da unidade, Cíntia Brazão.
O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães foi a nona UC do ICMBio a receber a tocha. Desde o início do revezamento, ela já passou pelo Parque Nacional de Brasília (DF), 3 de maio, Parque Nacional Histórico do Monte Pascoal (BA), 19 de maio, Parque Nacional da Chapada Diamantina (BA), 23 de maio, Parque Nacional Marinho e APA de Fernando de Noronha, 5 de junho, APA do Delta do Parnaíba, 9 de maio, Parque Nacional de Sete Cidades, 10 de maio, e Parque Nacional dos Lencóis Maranhenses, no Maranhão, 13 de maio.
Na quinta-feira, é a vez do Iguaçu
Na próxima quinta-feira (30), a tocha passará por uma das mais belos cenários naturais do Mundo, o
Parque Nacional do Iguaçu
, que fica na cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná, considerado Patrimônio Natural da Humanidade pela ONU e uma das 7 Maravilhas da Natureza.
Ela será conduzida, entre outras pessoas, pelo servidor Rogério de Paula, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), do ICMBio, que participa do projeto de preservação da onça pintada na unidade de conservação paranaense.
Um mês depois, no dia 29 de julho, a chama olímpica cruzará, de ponta a ponta, a cidade de Petrópolis, na região serrana do estado do Rio de Janeiro, passando pela Área de Proteção Ambiental (APA) de Petrópolis, que possui cerca de 47 mil hectares de seu território dentro do município.
O revezamento em unidades de conservação federais terminará no dia 4 de agosto, quando a tocha chegará ao Rio de Janeiro, cidade-sede das Olimpíadas. Ela será carregada até o alto do Corcovado, no Parque Nacional da Tijuca, onde fica o Cristo Redentor, considerado o principal cartão-postal do Brasil.
O evento deverá reunir milhares de pessoas, já que ocorrerá na véspera da solenidade de abertura dos jogos olímpicos e terá lugar na unidade de conservação mais visitada do País. Somente no ano passado, o parque registrou a entrada de quase 3 milhões de turistas, entre brasileiros e estrangeiros.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280