Notícias
Fogo em Boqueirão da Onça está controlado
Incêndio consumiu cerca de 3 mil hectares de UC da caatinga
Ramilla Rodrigues
ramilla.rodrigues@icmbio.gov.br
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) conseguiu controlar, hoje (10), o incêndio no Parque Nacional do Boqueirão da Onça, na Bahia. As chamas assolaram a unidade desde o final de agosto e consumiram 3.075 hectares, segundo dados oficiais da Divisão de Monitoramento e Informações Ambientais (DMIF). Os focos se concentraram na porção oeste do Parque, no município de Sento Sé.
Estiveram envolvidos na operação 77 brigadistas do ICMBio, IBAMA Prevfogo, Grupo Ambientalista do Torto (GAT/Brasília) e brigada voluntária de Tejuco. Quatro aeronaves foram acionadas para combater as chamas e mais um helicóptero do IBAMA esteve à disposição da equipe em mais de uma semana de combate. Além deles, estiveram envolvidos profissionais do Instituto Pró-Carnívoros e do Centro de Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna) que prestaram apoio logístico às brigadas.
As causas do incêndio ainda não foram descobertas. "Somente após controle e extinção do fogo, ICMBio e IBAMA, que são as instituições responsáveis, poderão prosseguir com o trabalho de perícia e determinar as causas do fogo", informa a chefe da unidade, Camille Lugarini. "Apesar do fogo estar controlado, ainda demanda atenção devido ao risco de reignição em pontos específicos e e conhecidos pela equipe", diz o comandante do incidente e analista ambiental da Coordenação de Prevenção e Combate a Incêndios (COIN), João Morita. Por essa razão, equipes permanecerão de vigilância 24 horas por dia para evitar novos incidentes.
Sobre o Parque
O Parque Nacional Boqueirão da Onça é uma das unidades mais recentes a ser criada pelo ICMBio - em abril de 2018, sendo assim, este é o primeiro incêndio na área como unidade de conservação.
O Parque faz parte de um mosaico de unidades que inclui ainda a Área de Proteção Ambiental de mesmo nome. O local abriga espécies ameaçadas como a onça-pintada e a arara-azul-de-lear, além de animais típicos da caatinga como tatu-bola, porco-do-mato e tamanduá-bandeira.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280