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Fogo destrói 530 hectares em Peruaçu
Incêndio na APA em Minas já está sob controle. ICMBio e Polícia Ambiental apuram as causas e tentam identificar os responsáveis
Brasília (23/02/2017) – O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Polícia Militar Ambiental estão investigando as causas e os responsáveis pelo incêndio florestal que atingiu esta semana a Área de Proteção Ambiental (APA) Cavernas do Peruaçu, em Minas. Até esta sexta (23), bombeiros continuavam no local, monitorando os últimos focos, mas o fogo já estava sob controle.
O incêndio foi detectado no sábado (18) e ganhou força na segunda-feira (20). Segundo informações de moradores locais, o fogo começou nas imediações da comunidade Aldeia Peruaçu, pertencente à Terra Indígena Xackiabá. Segundo os gestores da unidade, foram três dias de intenso combate às chamas, que destruíram 530 hectares em áreas já queimadas em 2013, durante incêndio anterior, além de veredas ainda conservadas.
De acordo com a chefe, Dayanne Sirqueira, o combate ao fogo só foi possível graças a uma intensa articulação de uma rede de parceiros regionais. “Em fevereiro praticamente não há registro de incêndios dessa magnitude na região, pois teoricamente seria o período de chuvas, então, toda a estrutura de combate estava desmobilizada. Assim, tivemos que buscar brigadistas voluntários, solicitar apoio dos municípios, Corpo de Bombeiros e governo estadual, tudo isso num curto espaço de tempo”, disse ela, ao agradecer o apoio de todos.
Segundo o analista ambiental Rafael Pinto, da APA, as veredas funcionam como uma esponja, retendo a água da chuva, sendo uma importante fisionomia do Cerrado para promover o reabastecimento dos cursos dágua e lençol freático. “Como estamos numa região de semiárido, a destruição dessa vegetação representa uma perda inestimável tanto para população local, que lida diariamente com um grande déficit hídrico, quanto para biodiversidade, devido à lenta, ou quase improvável, recuperação natural da área.”
Ainda segundo Rafael, a área queimada também era uma importante fonte de renda para a comunidade local, que extraía o fruto do buriti, palmeira nativa das veredas, para beneficiamento e comercialização.
Comunicação ICMBio
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