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Fiscalização reduz captura incidental de albatrozes
Essa é uma das diretrizes do plano de conservação da espécie
Brasília (09/08/2013) – Com base nas diretrizes do Plano de Ação Nacional (PAN) para a Conservação de Albatrozes e Petréis, que é coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), fiscais do Ibama no Rio Grande do Sul autuaram e apreederam a embarcação Kinei Maru n° 108, arrendada por uma empresa brasileira.
A embarcação descumpria a Instrução Normativa Interministerial n° 4, de 2011. O documento estabelece medidas mitigadoras para diminuição da captura incidental de aves marinhas por embarcações de pesca que utilizam espinhel pelágico autorizadas a operar em águas sob jurisdição brasileira, ao sul da latitude de 20° S.
A operação foi realizada pela equipe do escritório regional do Ibama em Rio Grande e da Delegacia da Polícia Federal de Rio Grande com apoio técnico do Museu Oceanográfico da Universidade Federal do Rio Grande (FURG).
PAN
O Plano de Ação Nacional para a Conservação de Albarozes e Petréis , elaborado pelo ICMBio e parceiros, visa promover a conservação de petréis residentes, aqueles que se reproduzem em território brasileiro, e dos albatrozes e petréis visitantes, espécies que apesar de não se reproduzirem no Brasil frequentam a costa brasileira vindo de ilhas distantes para se alimentarem.
Essas espécies de albatrozes e petréis interagem fortemente com barcos de pesca oceânica, perseguindo as embarcações na tentativa de obter alimento, tanto os advindos do rejeito da pesca quanto aqueles utilizados como iscas pelos pescadores. Ao tentar retirar as iscas dos anzóis, muitas vezes as aves são capturadas incidentalmente e arrastadas para o fundo do mar, morrendo afogadas.
A grande capacidade de deslocamento e a ampla área de distribuição destes Procellariiformes implicam que as atividades pesqueiras no Brasil interfiram nas populações que se reproduzem na Antártica, ilhas subantárticas, ilhas do Atlântico Sul e também nas populações que se reproduzem nas ilhas da Nova Zelândia a Austrália.
O PAN foi um dos primeiros planos de ação nacionais brasileiros, originado de discussões realizadas desde 2000. No segundo semestre de 2012, após análise crítica de sua implementação desde sua publicação em 2006, o plano foi totalmente revisado e readaptado ao cenário nacional atual.
Assim, obteve maior sincronia com acordos internacionais correlatos, tais como o Acordo sobre a Conservação dos Albatrozes e Petréis – Agreement on the Conservation of Albatrosses and Petrels (ACAP) e International Commission for the Conservation of Atlantic Tunas (ICCAT).
Comunicação ICMBio
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