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Finalizado, PAN Peixes Rivulídeos é avaliado
Publicado em
11/09/2018 19h13
Equipe decidiu que iniciará um planejamento para mais um PAN para essa espécie de peixes de pequeno porte.
Os resultados dos cinco anos de execução do Plano de Ação Nacional para Conservação dos Peixes Rivulídeos Ameaçados de Extinção (PAN Rivulídeos) foram avaliados em encontro no Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais (CEPTA), do ICMBio, em Pirassununga (SP), entre os dias 20 e 24 de agosto. No encontro, foram avaliadas as 42 ações e os 4 objetivos específicos do PAN. Segundo a equipe, apesar de ter sido encerrado este ano o PAN, as ameaças a essas espécies continuam. Desta forma, o grupo decidiu iniciar o planejamento para um novo ciclo do PAN Rivulídeos em 2019.
O evento contou com a participação dos membros do Grupo de Assessoramento Técnico e colaboradores, que ao longo dos últimos cinco anos, trabalharam em conjunto na execução das ações do PAN. A monitoria anual e avaliação final fazem parte do processo de gestão dos Planos de Ação Nacional, conforme estabelecido na Instrução Normativa nº 25, de 12 de abril de 2012.
Na avaliação, a equipe observou um grande esforço para a conclusão das ações, com 36% das ações concluídas. No entanto, foi consenso entre os presentes de que houve muitas dificuldades para implementação das ações do PAN, destacando a falta de articulação, devido à falta de recursos humanos e financeiros. Com relação à Avaliação da Matriz de Metas e Indicadores, percebeu-se que as metas foram alcançadas parcialmente.
De acordo com a coordenadora do PAN Rivulídeos, a analista ambiental Izabel Boock de Garcia, o principal avanço observado durante o primeiro ciclo do PAN foi o aumento no conhecimento dos peixes anuais da família Rivulidae, tanto científico como por parte dos órgãos licenciadores e de fiscalização. A publicação da Lista Nacional de Espécies Ameaçadas de Extinção também destacou a importância de conservação deste grupo, que se destaca por possuir 125 espécies ameaçadas de extinção.
Pequeno porte
Os rivulídeos são peixes de pequeno porte, raramente chegando aos dez centímetros de comprimento total, que vivem em ambientes aquáticos muito rasos, parcial ou completamente isolados de rios e lagos, como as áreas marginais de riachos ou brejos. As características físico-químicas da água variam drasticamente, dependendo das formações vegetais nas quais estão inseridos, o que faz com apresentem uma grande especificidade quanto ao tipo de ambiente de ocorrência e distribuição de espécies fortemente associada às formações vegetais.
Os rivulídeos são peixes de pequeno porte, raramente chegando aos dez centímetros de comprimento total, que vivem em ambientes aquáticos muito rasos, parcial ou completamente isolados de rios e lagos, como as áreas marginais de riachos ou brejos. As características físico-químicas da água variam drasticamente, dependendo das formações vegetais nas quais estão inseridos, o que faz com apresentem uma grande especificidade quanto ao tipo de ambiente de ocorrência e distribuição de espécies fortemente associada às formações vegetais.
As características mais marcantes dos peixes rivulídeos são os diversificados padrões de colorido das espécies e seus tipos de desenvolvimento, anual e não anual. Os peixes anuais, ou peixes das nuvens, são sempre encontrados em ambientes aquáticos sazonais, que são formados durante as épocas chuvosas e podem permanecer secos por longos períodos. Nas espécies que possuem esse tipo de desenvolvimento, ovos resistentes em diapausa sobrevivem durante os meses da estação seca, eclodindo logo após as primeiras chuvas. A partir de então o desenvolvimento do peixe é extremamente rápido, às vezes chegando à maturidade sexual em apenas um mês. Os demais rivulídeos, chamados “não anuais”, vivem em brejos e riachos perenes e são encontrados em todas as épocas do ano.