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Filhote de Peixe-boi-marinho é resgatado após encalhe na APA do Mamanguape
Filhote de Peixe-boi-marinho - Foto: Tratadores ICMBio NGI Mamanguape
Na última quinta-feira (7), por volta das 19 horas, pescadores encontraram um filhote de Peixe-boi-marinho encalhado na Praia de Oiteiro, na Área de Proteção Ambiental da Barra do Mamanguape, litoral da Paraíba. O filhote, com um ou dois dias de vida, foi resgatado pelos tratadores do Instituto Chico Mendes do Núcleo de Gestão Integrada de Mamanguape com o apoio da FMA - Fundação Mamíferos Aquáticos.
Após o resgate, o animal foi encaminhado para o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos do ICMBio (CMA), em Itamaracá, Pernambuco, que possui estrutura adequada para os cuidados com o recém-nascido. No CMA o animal foi avaliado e constatado que é um macho, com comprimento total de 94cm, pesando 15,235kg. O filhote recebeu o nome de Arnaldo, em homenagem a um dos pescadores que acionou o ICMBio para o resgate.
O animal resgatado agora iniciará uma nova jornada, onde receberá todos os cuidados necessários com objetivo de garantir primeiro sua sobrevivência e em caso de sucesso, sua posterior reintrodução na natureza. O Peixe-boi-marinho (Trichechus manatus) é uma espécie classificada como Em Perigo, conforme a Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção no Brasil.
Segundo a equipe do NGI Mamanguape, pesquisadores afirmam que encalhes como este estão associados ao aumento da degradação de áreas com águas mais calmas como estuários e manguezais, ocasionando que fêmeas de peixe-boi-marinho deem à luz em mar aberto, e com isso os filhotes acabam encalhando.
Esse episódio nos lembra outro Peixe-boi-marinho, a fêmea Mel, que foi encontrada encalhada no Ceará, em 2004. Após cinco anos de reabilitação, Mel foi reintroduzida na natureza e deu à luz a Favo, o primeiro filhote nascido na Paraíba de uma fêmea de Peixe-boi-marinho reintroduzida.
São momentos como este que evidenciam a importância do trabalho desempenhado pelos tratadores de animais e do esforço das instituições e da comunidade no resgate, tratamento e reintrodução desses animais na natureza.
Com informações da APA da Barra do Mamanguape
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