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Fernando de Noronha recebe investimentos em infraestrutura
A trilha de acesso ao Mirante dos Golfinhos está 90% concluída
Thaís Alves e Carolina Lobo
thais.lima@icmbio.gov.br
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ana.lobo@icmbio.gov.br
Brasília (07/05/2012) – A trilha de acesso ao Mirante dos Golfinhos foi escolhida para o início dos trabalhos de estruturação feitos pela empresa EcoNoronha, contratada por meio de licitação pública em 2011, no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. Como parte do contrato de concessão, a EcoNoronha deve investir nestes três anos R$ 8 milhões em obras de infraestrutura e ações para melhorar o acesso e as informações para os visitantes.
O chefe da unidade de conservação (UC), analista ambiental Ricardo Araújo, informa que as ações estão sendo executadas em três etapas que incluem a construção de Pontos de Informação e Controle (PICs) nas praias do Golfinho, do Sueste, do Leão e de Atalaia; a manutenção das trilhas do Golfinho e de Atalaia; a construção de mirante na praia do Leão e a revitalização do Centro de Visitantes, incluindo a montagem de uma exposição ambiental. Os pontos de apoio terão, por exemplo, guarda-volumes, banheiros, locação de equipamentos e informações turísticas e ambientais. Locação de bicicletas e percurso adaptado para cadeirantes serão serviços oferecidos.
No último dia 28 foi realizada uma visita dos participantes do Conselho de Turismo de Noronha à obra. Aproximadamente 943 m de trilhas suspensas – que no total vão ter aproximadamente mil metros – já estão implantadas. A passarela suspensa tem 1,50 m de largura e será acessível aos cadeirantes. “A primeira impressão foi ótima. A passarela elevada dá uma sensação de maior aproximação com a natureza”, afirma Patrick Muller, da operadora de mergulho Atlantis Divers.
Segundo Pablo Morbis, da EcoNoronha, o cronograma está em dia. Até o momento, foi finalizada a construção do Mirante dos Golfinhos e da Trilha do Golfinho, restando apenas alguns acabamentos e parapeito. Também já foi demolido o Ponto de Informação e Controle Golfinho Sancho, nivelado o terreno e iniciada a construção do mirante e está em andamento a demolição do PIC Sueste, com o início da construção do mirante em no máximo dez dias. Já no próximo dia 14, será iniciada a segunda trilha, a Trilha do Mirante dos Dois Irmãos.
“Além da visitação pública como um todo, que inclui condução de visitantes, mergulho autônomo e livre, passeio de barco, o parque ainda tem trabalhos voltados à educação ambiental, fiscalização, pesquisa, monitoramento ambiental, licenciamento, participação comunitária, entre outros de gestão da unidade. Dessa forma, é importante ficar claro que a administração do parque não mudou, o que mudou é que agora temos uma empresa que auxiliará a unidade de conservação em algumas atividades de uso público. O parque conta ainda com 210 condutores de visitantes autorizados, três empresas de mergulho operando regularmente e 13 embarcações fazendo passeio náutico”, destaca o chefe do parque Ricardo Araújo.
Taxa de acesso
Com esse apoio suplementar às atividades de atendimento ao turista pela empresa EcoNoronha, filial da Concessionária Cataratas do Iguaçu S.A, pelos próximos 15 anos, o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha terá cobrança de taxa de acesso atualizada. Os ingressos não eram reajustados há quase cinco anos. Os valores passarão a ser cobrados a partir da finalização desta primeira etapa, prevista para 1º de agosto.
A administração do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha continua com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que receberá 14,7% da taxa cobrada dos turistas. Todos os visitantes de Fernando de Noronha pagarão na chegada à ilha a Taxa de Preservação Ambiental (TPA) e, ainda, a taxa de acesso ao Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. O valor definido é de R$ 65, para visitantes brasileiros, e de R$ 130, para estrangeiros, válida por até dez dias.
Atualmente, o Governo de Pernambuco cobra uma TPA de R$ 43,20 por cada dia de permanência do turista na ilha, mas nenhum valor é revertido para o Parque Nacional Marinho, formado por quase 70% da ilha principal e incluindo todas as ilhas secundárias, com área total de 112,7 km². O ICMBio cobra uma taxa de visitação de R$ 10, que na prática é cobrada apenas nas operações de mergulho, passeios de barco e de transatlântico.
O chefe Ricardo Araújo explica que aproximadamente 60 mil turistas visitam a ilha anualmente e apenas um terço das pessoas pagam essa taxa. “Não conseguimos cobrar de todos. As pessoas ficam em torno de quatro a cinco dias em Noronha, e visando incentivar maior permanência optamos por conceder extensão da taxa caso as pessoas queiram ficar mais tempo na localidade. A receita destinada à administração do parque tende a se manter equilibrada. O grande diferencial é que o que for arrecadado será investido em melhorias para o visitante. As contrapartidas ao consumidor estarão bem claras e definidas", afirma.
Comunicação ICMBio
(61) 3341-9280