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Experiências de produção em UCs marinhas é tema de livro
Idealizada por servidores do ICMBio, com apoio de parceiros, publicação será lançada na terça-feira (6) dentro das festividades da Semana do Meio Ambiente
Ramilla Rodrigues
ramilla.rodrigues@icmbio.gov.br
Brasília (01/06/2017) - A inclusão econômica social junto com a conservação da biodiversidade é um dos grandes desafios do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Com foco neste tema, foi produzida, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a publicação “Iniciativas de Inclusão Produtiva e Gestão Participativa de Unidades de Conservação dos Ambientes Marinhos e Costeiros do Brasil”. O livro será lançado na próxima terça-feira (6) como parte das comemorações da Semana do Meio Ambiente.
A publicação aborda casos de gestão de unidades marinho-costeiras em parceria com as comunidades adjacentes e boas práticas de desenvolvimento econômico sustentável. As ações ocorreram na reservas extrativistas (Resex) São João da Ponta e de Tracuateua, no Pará, Canavieiras, na Bahia e de Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro; e na Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, em Santa Catarina.
"Na publicação, consideramos a relevância das iniciativas em desenvolvimento e sua correlação com o fortalecimento da gestão destas áreas protegidas, o nível de empoderamento e o engajamento das populações tradicionais e outros atores envolvidos nas mesmas”, afirma o coordenador de Produção e Uso Sustentável do ICMBio, João da Mata.
Dentre as experiências relatadas, está o Banco Comunitário na Resex Canavieiras, o Bamex. Ele surgiu em dezembro de 2013, como resultado de discussões lideradas pela Associação Mãe dos Extrativistas da Resex de Canavieiras (Amex). O Bamex consiste em apoio e abertura de linha de crédito aos pescadores que facilitam investimentos na produção. Também auxilia os trabalhadores mais pobres, para que eles não precisem vender o produto para o atravessador a qualquer preço.
Em relação à coleta de caranguejo, a Resex São João da Ponta apresentou a implementação de basquetas (caixas plásticas vazadas). Anteriormente, o transporte era feito em sacas de polietileno, método que apresentava altas taxas de desperdício na cadeia produtiva.
“Como parte da estratégia inicial da Coprod/CGPT, e na mesma lógica de trabalho, foram definidas experiências voltadas ao ordenamento e uso de recursos naturais em unidades de conservação continentais que também serão objeto de sistematização para divulgação das iniciativas”, conclui João da Mata.
Influência institucional
O ICMBio possui, ao todo, 181 unidades de conservação de uso sustentável. Destas, 20 pertencem ao bioma marinho-costeiro. Nessas unidades é comum a presença de comunidades tradicionais ribeirinhas, nas quais a pesca artesanal e o extrativismo possuem alta relevância social e econômica e cujas alterações impactam diretamente a vida dos moradores.
Em todos os casos apurados pelo livro, a comunidade ressalta a importância do ICMBio como instituição e do papel dos gestores como mediadores e apoiadores nas iniciativas, respeitando, contudo a organização e a dinâmica social. Essas iniciativas compõem a postura de “conservação colaborativa”, que busca a conservação da biodiversidade conciliada com o desenvolvimento econômico e social das comunidades que dependem dos recursos naturais.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280