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Expedição retira 123 kg de coral-sol em Alcatrazes
Publicado em
02/05/2019 13h59
Atualizado em
08/05/2019 21h07
Foram três de dias de trabalho realizando 90 mergulhos para a retirada da espécie invasora.
Dupla de mergulhadores realizando o manejo do coral -sol. (Fotos: Herton Escobar)
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizou a 5ª Expedição de Manejo e Monitoramento de Coral-sol no Arquipélago dos Alcatrazes, atualmente protegido pela Estação Ecológica (Esec) Tupinambás e Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes. Durante três dias de trabalho (de 23 a 25 de abril), foram realizados 90 mergulhos para retirar 123 kg de coral-sol, totalizando 14.769 colônias.
Os mergulhos para manejo de coral-sol são realizados em duplas. Os mergulhadores localizam os paredões com focos das espécies exóticas, e iniciam a retirada das colônias por meio de marreta e ponteira, e armazenam o material coletado em samburás. Ao fim de cada mergulho, a dupla pesa a quantidade de coral-sol retirada e conta o número de colônias, independente do tamanho (número de pólipos).
Até hoje, já foram realizadas cinco expedições de manejo e monitoramento do coral-sol nas unidades de conservação de Alcatrazes, totalizando 30 dias de campo, e mais de 275.000 colônias de coral-sol extraídas. Diante da necessidade de controle dos corais-sol, em 2018, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) coordenou a elaboração do Plano Nacional de Prevenção, Controle e Monitoramento do Coral-sol (Tubastraea spp.) no Brasil.
Espécie exótica -
As espécies de coral-sol Tubastraea coccinea e Tubastraea tagusensis foram acidentalmente introduzidas no Brasil nas décadas de 1980 e 1990, e atualmente já existem registros em mais de sete estados e 20 unidades de conservação no país. As espécies foram identificadas na Esec Tupinambás em 2011, durante levantamentos de campo para a elaboração do plano de manejo. Diante disto, em 2013, teve início um projeto para mapear a ocorrência destas espécies e controlar a sua população por meio da retirada manual no Arquipélago dos Alcatrazes, sendo atualmente um dos principais focos de monitoramento feito pelo ICMBio em Alcatrazes.
A expedição contou com a presença de quatro servidores, seis voluntários, um jornalista, um fotografo e quatro tripulantes da embarcação Netuno V, que deu todo o apoio logístico durante a permanência no arquipélago, viabilizado pela parceria do ICMBio junto a WWF-Brasil. A realização desta expedição só foi possível com o apoio da WWF-Brasil e a colaboração dos voluntários engajados na conservação do Arquipélago dos Alcatrazes.
Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relacionado:
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
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