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Expedição mapeia espécies de peixes do Tapajós
Dados servirão para ações de conservação no futuro
Brasília (19/07/2012) – O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais (Cepta), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), acaba de concluir a segunda expedição ao Parque Nacional da Amazônia, no município de Itaituba, no Pará. O trabalho serviu para complementar o inventário ictiofaunístico da região da bacia do rio Tapajós, iniciado na primeira expedição no ano passado .
A segunda expedição, que ocorreu de 4 a 22 de junho, contou com a participação de 16 pessoas e uma estrutura itinerante de pesquisa com dois caminhões, duas caminhonetes e uma sprinter. Entre os participantes estavam pesquisadores do Cepta/ICMBio, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Botucatu, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O objetivo do trabalho é gerar e sistematizar informações da ecorregião da bacia hidrográfica do rio Tapajós sobre a diversidade morfológica, citogenética e genética de peixes e, ainda, da parasitofauna associada. A região sofrerá impactos com a construção do complexo de usinas hidrelétricas que vão gerar energia para o país. O material é importante para a produção de dados comparativos (antes de depois da ação antrópica, ou seja, da intervenção humana na região) que permitam subsidiar ações conservacionistas no futuro.
Diferentes métodos de captura
Para a amostragem dos peixes, foram utilizados diferentes métodos de captura como, por exemplo, redes de espera, peneiras, tarrafas, espinhéis e varas equipadas com molinetes e carretilhas. Embora a coleta no rio Tapajós e seus afluentes tenha sido realizada no período de cheia, foram encontradas cerca de 15 espécies de peixes, de grande e pequeno porte não coletadas no ano anterior.
Um acervo fotográfico dos peixes coletados está sendo preparado, e os espécimes representativos foram depositados em coleções zoológicas. Ao todo, 97 peixes pertencentes a duas classes, quatro ordens, 12 famílias, 25 gêneros e 29 espécies foram examinados para a coleta de parasitos. Também foram extraídas amostras dos parasitos do filo Myxozoa dos gêneros Myxobolus, Henneguya e Myxidium, vermes (Digenea, Monogenea, Cestoda, Nematoda) e crustáceos (Pentastomida, Argulidae e Ergasilidae).
Cistos e partes de órgãos contendo cistos de Myxozoa foram fixados em formol 10% para análise morfológica e histopatológica e em glutaraldeído 2,5% para análise ultraestrutural. Os vermes parasitos foram fixados em formol 4% e os crustáceos em álcool 70% para análises morfológicas. Parte desse material também foi fixado em etanol absoluto para análises moleculares. Novas espécies de peixes e parasitos foram encontradas e estão sendo descritas. Os resultados obtidos irão contribuir para a compreensão do ecossistema da região.
Saiba mais sobre o levantamento da ictiofauna do Tapajós
Comunicação ICMBio
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