Notícias
Ex-caçadores tornam-se parceiros da natureza
Publicado em
28/03/2019 20h12
Atualizado em
28/03/2019 22h24
Concurso cultural estimulou ex-caçadores do Parque Nacional da Serra da Capivara a baixar as armas e substituir por câmeras fotográficas.
O Parque Nacional da Serra da Capivara divulgou o resultado do I Concurso Caçadores de Fotografia. A premiação ocorreu na última sexta-feira (22) teve como vencedor Waltércio Torres (1º), José Nilton (2º) e Anísio de Sousa (3º). O primeiro colocado ganhou uma máquina fotográfica; o segundo levou 200 reais e o terceiro 100, além de livros com imagens da caatinga. Contudo, os vencedores decidiram doar o prêmio para custear uma viagem dos internos de comunidade terapêutica Nova Vida até a cidade de São João do Piauí para uma partida de futebol. Os prêmios foram todos doados pelo ambientalista João Freitas.
Ao todo, 16 ex-caçadores participaram do concurso que foi promovido por meio da página de Facebook do Parque. Conforme conta a chefe do Parque Nacional da Serra da Capivara, Marian Helen Rodrigues, as fotos foram postadas com as histórias de cada ex-caçador para que o público conhecesse o caminho que cada um percorreu até ali.
Segundo Marian, a singularidade do patrimônio cultural e natural do Parque torna necessária a criação de um contexto contínuo de integração comunitária à conservação e valorização do meio ambiente cultural, pois somente através de reconhecimento e do respeito à natureza, aos animais e entendendo que a caça predatória além de ser criminosa, afeta drasticamente o ecossistema, a comunidade irá desenvolver o sentimento de preservação. Por isso, em vez de matar o animal, a opção é imortalizar em fotografia, trocando armas por câmeras fotográficas.
Em junho, quando o Parque fará 40 anos de criação, será organizado uma exposição com as fotos de todos os participantes. A gestão ainda pretende realizar 4 concursos por ano, sempre abarcando mais pessoas do entorno do parque, pois a unidade possui muitos assentamentos no entorno e há o desejo de desenvolver um trabalho intensivo de sensibilização nessas comunidades.
De ex-caçadores a parceiros da natureza
Waltércio Torres, vencedor do concurso, caçava por esporte na adolescência animais de pequeno porte, como aves e preás. Parou com a prática quando começou a trabalhar no Parque, pois segundo ele, viu no olhar dos animais a sua inocência. José Nilton Pereira, o segundo colocado, é natural de São Raimundo Nonato, um dos municípios vizinhos do parque. Conta que era autodidata na caça de animais silvestres. Aos poucos, perdeu a vontade caçar e hoje quer ajudar na preservação. Anísio de Sousa ficou em terceiro lugar. Ele nasceu em Floriano (PI) e aprendeu a caçar com o pai, mas não se sentia muito bem com a prática e há 10 anos parou de caçar.
Tatu-bola
O animal mais apreciado pelos caçadores é o tatu, entre eles o tatu-bola, que está ameaçado de extinção. A pressão de caça e uma eventual extinção do tatu e outras espécies no Parque causará um desequilíbrio no ecossistema. Por isso, além do trabalho de fiscalização intensivo na região o trabalho continuo de educação ambiental é fundamental. O Parque, localizado na Caatinga piauiense, protege espécies ameaçadas como gato-do-mato (Leopardus tigrinus), gato-maracajá (Leopardus pardalis mitis), onça-pintada (Panthera onca), onça-parda (Puma concolor greeni). As espécies, entretanto, costumam sofrer bastante com a pressão da caça.
Leia também: Parque promove concurso Caçadores de Fotografia
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
Tatu-bola
O animal mais apreciado pelos caçadores é o tatu, entre eles o tatu-bola, que está ameaçado de extinção. A pressão de caça e uma eventual extinção do tatu e outras espécies no Parque causará um desequilíbrio no ecossistema. Por isso, além do trabalho de fiscalização intensivo na região o trabalho continuo de educação ambiental é fundamental. O Parque, localizado na Caatinga piauiense, protege espécies ameaçadas como gato-do-mato (Leopardus tigrinus), gato-maracajá (Leopardus pardalis mitis), onça-pintada (Panthera onca), onça-parda (Puma concolor greeni). As espécies, entretanto, costumam sofrer bastante com a pressão da caça.
Leia também: Parque promove concurso Caçadores de Fotografia
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280