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Especialistas avaliam espécies de tartarugas marinhas
Publicado em
24/10/2018 17h50
Diversas instituições representaram, de forma ampla, as espécies ao longo do litoral brasileiro.
Entre os dias 16 e 18 de outubro, foi realizada em Vitória/ES a Oficina de Avaliação do Risco de Extinção das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no litoral e ilhas oceânicas brasileiras – cabeçuda (Caretta caretta), de-pente (Eretmochelys imbricata), oliva (Lepidochelys olivacea), verde (Chelonia mydas) e de-couro (Dermochelys coriacea).
Sob coordenação do Centro Tamar, do ICMBio, estiverem presentes especialistas da Fundação Pró-Tamar, Cepnor/ICMBio, NEMA-RS, UEL-PR, UFAL, UFRN, Instituto Tartarugas do Delta-PI e Instituto Biota de Alagoas, algumas dessas instituições com representação junto à Retamane (Rede de Tartarugas Marinhas do Nordeste), e moderados pela equipe de avaliação do CBC/ICMBio.
Ao longo dos 3 dias, os especialistas nivelaram a metodologia de avaliação do grau de ameaça e detalharam, espécie por espécie, todas as informações que levaram à readequação do status de conservação das cinco espécies de tartarugas marinhas.
Atualmente, conforme a Portaria MMA 444/2014, todas as cinco estão listadas como ameaçadas de extinção em diferentes condições: Chelonia mydas como Vulnerável, Caretta caretta e Lepidochelys olivacea como Em Perigo e Eretmochelys imbricata e Dermochelys coriacea como Criticamente em Perigo, a categoria mais elevada.
O grupo debateu de forma convergente a situação atual, após mais de 30 anos de contínuos trabalhos de conservação e pesquisa. As informações trazidas pelos especialistas com base nos registros nas áreas reprodutivas, de alimentação, e na avaliação das atuais ameaças, bem como das tendências de crescimento populacionais observadas, possibilitaram que o grupo decidisse por classificá-las dentro de uma ótica significativamente melhor em relação ao risco de extinção, ou seja, reduziram o nível de risco, em especial a Chelonia mydas – ou tartaruga-verde – espécie mais abundante em todo o litoral brasileiro.
Porém, até que as novas classificações sejam validadas, ainda valem as antigas, da Portaria 444/2014. “É extremamente gratificante, depois de mais de 30 anos e do esforço de muita gente, podermos reunir um grupo de especialistas, independentes, analisar e apontar melhoras no status de quatro das cinco espécies que ocorrem no Brasil. Isto demonstra um correto esforço de conservação, manejo e envolvimento comunitário ao longo deste tempo”, frisa o analista ambiental do Tamar/ICMBio Claudio Bellini, que coordenou a avaliação das cinco espécies.
Para o coordenador do Centro Tamar/ICMBio Joca Thomé, também coordenador do táxon na oficina, a melhoria no status em relação ao risco de extinção deixa todos muito felizes. “Por outro lado, algumas ameaças cresceram, por isso todas as espécies continuam dependentes de ações de conservação, em particular a tartaruga-de-couro, por ser uma espécie com uma população isolada no norte do ES, e com um número muito reduzido de indivíduos adultos na natureza e portanto ainda criticamente ameaçada de extinção”, explica Joca.
Próximas Fases – As informações compiladas nesta Oficina de Avaliação de Espécies seguirão para uma oficina de validação, onde serão finalizadas para serem encaminhadas ao Ministério do Meio Ambiente (MMA). A expectativa é de que uma nova lista de espécies ameaçadas com seu status de conservação no Brasil seja divulgada pelo MMA em breve.
Comunicação ICMBio
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