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Esec Tamoios inicia o verão com operação de fiscalização
"Esec Numa Boa" visa coibir construções irregulares e pesca ilegal do robalo
Brasília (20/12/2013) – A equipe de fiscalização da Estação Ecológica de Tamoios (RJ) deflagrou no dia 9 de dezembro a operação de fiscalização "Esec Numa Boa" com o objetivo de coibir construções irregulares e a pesca ilegal do robalo em áreas da unidade de conservação (UC).
A ação foi coordenada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) com o apoio da Polícia Federal, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea/Supbig).
A operação durou um dia e contou com a participação de 12 servidores federais e estaduais divididos em duas equipes, concentradas em dois blocos da unidade, um deles formado pelas ilhas Pingo d'Água e Tucum de Dentro, com elevada concentração de construções irregulares, e outro pelas ilhas Algodão, Sandri e Samambaia, área de agregação do robalo.
Em 2012, por meio do levantamento de campo do "Diagnóstico das Estruturas Artificiais Instaladas na Esec Tamoios", a UC contabilizou que no bloco referente ao entorno marinho das ilhas Pingo d'Água e Tucum de Dentro existem 27 estruturas artificiais instaladas sobre a área marinha da Esec Tamoios.
Desde então, a UC tem movido esforços para notificar os responsáveis a comprovar a data de instalação de tais estruturas. Alguns casos, como o do Condomínio Marina dos Reis, existem informações de que as estruturas foram instaladas após a criação da unidade em 1990, nestes casos tem sido realizada a autuação e solicitada à demolição das estruturas irregularmente instaladas. A ocupação irregular do espaço marinho e insular da UC é um dos focos do trabalho de recuperação ambiental que a equipe vem desenvolvendo com sucesso, mesmo numa região de intensa especulação imobiliária como a Baía da Ilha Grande.
A operação também combateu a pesca na foz do rio Mambucaba. A espécie de peixe conhecida como Robalo ( Centropomus ssp ) é uma espécie anádroma, ou seja, são peixes de água salgada que costumam subir as cabeceiras dos rios para fazerem sua postura. O rio Mambucaba, principal contribuinte da baía da Ilha Grande,é essencial para o ciclo de vida dos robalos O período de outubro a dezembro compreende o momento de reprodução da espécie.
A foz do rio Mambucaba está inserida na Esec Tamoios e nesta época alguns pescadores, cercam completamente a foz do rio com redes de espera, impedindo a necessária migração da espécie. Esta prática traz graves danos ao recrutamento da espécie, podendo vir a comprometer este importante estoque pesqueiro. Um dos objetivos específicos da Esec Tamoios, segundo seu Plano de Manejo é garantir refúgio para as espécies que sofrem pressões de pesca e caça esportiva, tais como badejo, garoupa, robalo, mero, cherne, dentre outros.
Ao final da operação "Esec Numa Boa" foram emitidos três autos de infração e duas notificações. Foram apreendidas três redes de espera que cercavam a foz do rio Mambucaba – juntas somam mais de 1 Km de rede.
Comunicação ICMBio
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