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Esec Tamoios combate coral exótico invasor
Dez mil colônias são retiradas de ilhas da UC fluminense
Brasília (12/12/2012) – A equipe da Estação Ecológica (Esec) de Tamoios, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), iniciou a retirada de duas espécies invasoras de coral-sol, a Tubastrea coccinea e a Tubastrea tagusensis , da área rochosa submersa de ilhas da unidade de conservação (UC) no litoral sul do Rio de Janeiro.
A operação de controle, realizada em parceria com o Projeto Coral Sol, ocorreu na semana passada, entre os dias 4 e 7. As espécies são provenientes do oceano Pacífico e chegaram à Baía de Ilha Grande há cerca de 25 anos, incrustadas em plataformas de petróleo. Após os quatro dias, foram retiradas 10.121 colônias.
O estudo “Expansion of the invasive corals Tubastraea coccinea and Tubastraea tagusensis into the Tamoios Ecological Station Marine Protected Area, Brazil”, publicado pela revista Aquatic Invasions em 2011, serviu de ponto de partida e referência para o início dos trabalhos de erradicação e controle dos corais invasores.
Concentração abundandante
A operação incluiu, nessa primeira fase, as ilhas de Pingo D´água, Tucum de Dentro, Sabacu e Zatim, que registram ocorrência rara ou baixa das espécies de coral invasoras, e a ilha de Cobras, que tem uma concentração considerada abundante.
O trabalho na ilha de Cobras foi realizado em duplas. Com auxílio de espátulas e martelos, os mergulhadores permaneciam por cerca de uma hora retirando as incrustações coralíneas do segmento rochoso submerso. Já nas ilhas com concentração menor de coral-sol, as duplas as rodeavam para busca e retirada das colônias.
A ilha de Cobras, que teve apenas uma parte do costão interno vasculhado, foi a responsável por metade das mais de 10 mil colônias retiradas. Na ilha do Pingo D´água, as colônias de coral-sol foram erradicadas e, nas outras três, apenas controladas.
Os analistas observaram um crescimento surpreendente na concentração das colônias nas ilhas indicadas no trabalho de campo feito em 2010, que apontava rara ou baixa abundância, Hoje, essa abundância é frequente.
O resultado mostra o rápido crescimento das duas espécies de coral exóticas na região e a real ameaça de contaminação da Baía da Ilha Grande, com perda considerável de biodiversidade marinha em uma área de extrema importância biológica, segundo o Ministério do Meio Ambiente.
Operação Eclipse
Em março de 2013, será realizada a Operação Eclipse, que consistirá em um grande evento, com a participação de operadores de mergulho, órgãos ambientais, Transpetro e convidados, para a retirada em massa dos corais. As ações serão divididas em dois dias. No primeiro, haverá uma oficina teórico-prática na sede da Esec Tamoios e, no segundo, a retirada dos corais.
A meta é extrair um milhão de colônias. As unidades de conservação (UCs) marinhas que desejarem participar da operação podem entrar em contato com Adriana Gomes, analista ambiental do ICMBio, pelo e-mail: adriana.gomes@icmbio.gov.br.
Comunicação ICMBio
(61) 3341-9280