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Esec de Taiamã é designada como Sítio Ramsar
Publicado em
22/10/2018 17h53
Título ajuda a unidade de conservação a conquistar mais recursos, acordos de cooperação e financiamento a projetos de conservação.
Durante a 13ª Reunião da Conferência das Partes no Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional, conhecida como Convenção de Ramsar, realizada em Dubai, Emirados Árabes, em outubro de 2018, foi aprovada a designação da Estação Ecológica (Esec) de Taiamã como área úmida de importância internacional, conhecido também como Sítio Ramsar. Com isso, a Esec passa a ser objeto de compromissos a serem cumpridos pelo país e, ao mesmo tempo, a ter acesso a benefícios decorrentes dessa condição. O título internacional contribui para que a Estação e entorno conquistem novas parcerias, acordos de cooperação, apoio às pesquisas e obtenção de financiamento a projetos de conservação.
Essa convenção é o único tratado ambiental global que trata de um ecossistema particular e os países membros da Convenção abrangem todas as regiões geográficas do planeta. O governo brasileiro depositou a Carta de Ratificação do instrumento multilateral em 1993 e foi incorporada plenamente ao arcabouço legal do Brasil em 1996, através do Decreto nº 1.905/96, no qual consta que o estado brasileiro deverá elaborar e executar os seus planos de modo a promover a pesquisa científica e a conservação das zonas úmidas. Estas regiões fornecem serviços ecológicos fundamentais para as espécies de fauna e flora e para o bem-estar de populações humanas.
A Estação Ecológica de Taiamã, unidade de conservação federal, localizada no Pantanal, é uma das maiores extensões úmidas do planeta, é o quarto sítio reconhecido neste bioma. A Estação possui altos níveis de biodiversidade (especialmente de peixes e aves), altas taxas de produtividade pesqueira e a ocorrência de populações de espécies vulneráveis ou ameaçadas de extinção. Cerca de 131 espécies de peixes foram identificadas para os rios que fazem fronteira com a unidade e arredores, o que representa 48,33% do total de espécies do bioma Pantanal.
A UC também é caracterizada pela grande abundância de aves, já foram identificadas 237 espécies, ou 51,18% do total de aves já descritas para o bioma Pantanal. Considerando o pequeno tamanho dessa área protegida (11.555 hectares), esses números se tornam significativos. Localizada no centro da maior área de concentração de onças-pintadas (Panthera onca) do Pantanal, a Estação desempenha um papel importante na conservação desse felino que é considerado quase ameaçado pela IUCN. Outras espécies de grandes mamíferos considerados vulneráveis também estão presentes na UC, como a ariranha (Pteronura brasiliensis) e o cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus).
A UC também é caracterizada pela grande abundância de aves, já foram identificadas 237 espécies, ou 51,18% do total de aves já descritas para o bioma Pantanal. Considerando o pequeno tamanho dessa área protegida (11.555 hectares), esses números se tornam significativos. Localizada no centro da maior área de concentração de onças-pintadas (Panthera onca) do Pantanal, a Estação desempenha um papel importante na conservação desse felino que é considerado quase ameaçado pela IUCN. Outras espécies de grandes mamíferos considerados vulneráveis também estão presentes na UC, como a ariranha (Pteronura brasiliensis) e o cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus).
Comunicação ICMBio
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